terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Corpo de bióloga que morreu no Peru chega a MS amanhã

                                           Foto:Divulgação/arquivo pessoal



O velório da bióloga Mariana Pires Veiga Martins, está marcado para a tarde de amanhã, dia 22 de janeiro, em Campo Grande. O corpo da bióloga sul-mato-grossense, que morreu após um acidente de ônibus no Peru, deve chegar à Capital na manhã do mesmo dia.

O corpo de Mariana sairá de Lima, capital Peruana, na manhã desta terça-feira (21), com previsão de chegada em São Paulo no final do dia, sendo trazido para Campo Grande na manhã seguinte. De acordo com uma publicação do namorado de Mariana, Danilo Pereira de Oliveira – que também estava no ônibus, mas que teve poucas lesões – a bióloga queria ‘se tornar uma plantinha’, por isso será cremada em respeito à sua vontade.

Sendo assim, na manhã da quinta-feira (23), a família e amigos de Mariana poderão se despedir e o corpo da bióloga será levado para a cidade de Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, onde será cremado.

‘Coração dela não aguentou’

Mariana Pires Veiga Martins, de 28 anos, era uma das sobreviventes de um acidente com ônibus turístico no Peru, que chegou a ficar internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital em Lima, mas  não resistiu aos ferimentos e faleceu na quarta-feira (15).

Ela estava com o namorado quando sofreu o acidente – ele teve ferimentos leves e recebeu alta no dia seguinte ao acidente, que ocorreu no dia 6 de janeiro. No sábado (12), o estado de saúde da bióloga apresentou pequenas melhoras, mas conforme publicado em rede social pela mãe de Mariana, o coração dela não aguentou e ela veio a óbito.

Mariana estava sendo mantida sedada e com ventilação mecânica, pois sofreu fratura de três costelas durante o acidente que resultaram na perfuração do pulmão – esta é uma das razões pela qual ela foi transferida para Lima, capital peruana. A bióloga sofreu também fraturas na face e na clavícula.

Acidente no Peru

O acidente aconteceu na rodovia Pan-Americana, em Arequipa, no distrito de Yauca. Conforme informações do jornal La República, o ônibus da empresa Cruz del Sur acabava de passar pelo pedágio de Yauca quando, ao fazer uma curva para a direita, virou para o lado esquerdo e deslizou por 45 metros, colidindo com uma linha de minivans e carros.

Havia 52 passageiros no ônibus e a maioria deles estava dormindo na hora do acidente. De acordo com a Sutran (Superintendência de Transporte Terrestre de Pessoas, Cargas e Mercadorias), indícios apontam que o ônibus estaria acima da velocidade permitida para a via.

“Segundo registros do GPS, o veículo ia a uma velocidade de 106 quilômetros horários quando a velocidade máxima permitida neste trecho da rodovia é 90 quilômetros/hora”, disse a jornalistas o gerente-geral da superintendência, Jorge Beltrán, destacando que a ocorrência será investigada.

Pessoa certa na hora certa

A tragédia que deixou pelo menos 16 mortos foi próximo à entrada da cidade Rio Paca, um trecho em que o veículo deveria estar em baixa velocidade. Porém, a informação concedida após o acidente seria de que o ônibus estava rodando a 106 Km/h no momento em que saiu da pista.

Danilo usou os conhecimentos profissionais para salvar a namorada e também para ajudar outras pessoas. Calma, disciplina e perícia foram fundamentais. “Eu voltei para tentar puxar ela. Por ter conhecimento sobre resgate, tive calma suficiente para fazer o rolamento e tirá-la debaixo dos escombros e ai vi os danos que ela tinha.

Ao site Midiamax, o técnico de segurança do trabalho contou que antes de fazer o rolamento da namorada, ele voltou ao ônibus tombado e conseguiu pegar uns cobertores e chamar ajuda de pessoas que passavam pelo local. “Consegui ajuda de alguns habitantes da região que me ajudaram a fazer o transbordo da Mariana até a pista e uma caminhonete da polícia peruana estava encostando. Rapidamente colocaram ela no carro e nesse momento eu olhei para trás e vi a dimensão do acidente, aí fiquei assustado”, desabafou.

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