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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
Julgamento de integrantes do PCC terá reforço na segurança e jurados em hotel
GLAUCEA VACCARI
Cinco integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital serão julgados no dia 12 de fevereiro, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande, acusados de matarem John Hudson dos Santos Marques, de 27 anos, como forma de retaliação pela vítima estar supostamente ligada aos rivais do Comando Vermelho. Por conta da complexidade do caso, segurança será reforçada no Fórum e membros do júri ficarão em hotel reservado pelo Tribunal de Justiça.
Maycon Ferreira dos Santos, 30 anos, Tiago Rodrigues de Souza, 37, Elionai Oliveira Emiliano, 24, Leonardo Caio dos Santos Costa, 31 e Gabriel Rondon da Silva, 21, são acusados de renderem John no bairro Zé Pereira, no dia 14 de fevereiro de 2018, e mantiverem o mesmo em cárcere privado, até ser morto decapitado. Corpo foi encontrado em estrada vicinal de Terenos.
Em virtude do grande número de réus, o julgamento pode perdurar por dois ou até três dias e exigirá a pernoite dos jurados em um hotel reservado pelo Tribunal de Justiça, permanecendo incomunicáveis durante o período de julgamento.
Conforme o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, nos casos em que vários acusados sentam ao mesmo tempo no banco de réus, o julgamento se prolonga demasiadamente devido aos ritos próprios da sessão, como depoimento de testemunhas e interrogatórios.
"Além disso, o tempo destinado a fala da acusação e da defesa é ampliado, podendo chegar a 17 horas, o que torna a sessão extenuante aos operadores do direito, principalmente aos jurados", explicou o magistrado.
A segurança do Fórum será reforçada para o dia do julgamento, com início às 8 horas do dia 12 de fevereiro.
CASOS COMPLEXOS
Conforme o Tribunal de Justiça, o último julgamento com essa complexidade operacional foi no caso em que funcionários da clínica de uma ex-médica foram acusados da prática de centenas de abortos na Capital, cujo julgamento durou dois dias consecutivos.
Júri foi realizado nos dias 8 e 9 de abril de 2010 e os jurados condenaram as ex-funcionárias da clínica de aborto da médica Neide Mota Machado, fechada em 2007. Neide foi encontrada morta em 2009 e suas ex-servidoras, a psicóloga Simone Aparecida Cantagessi de Souza e as enfermeiras Libertina de Jesus Centurion, Rosângela de Almeida e Maria Nelma de Souza tiveram penas variavam de 1,5 ano a 7 anos.
Ainda conforme o TJMS, cada vez mais aumenta o número de processos de crimes complexos em Campo Grande, até então inexistentes nos tribunais do júri, como o do serial Luiz Alves Martins Filho, o Nando, acusado de matar diversas pessoas nas proximidades do bairro Danúbio Azul. Restando ainda um júri a ser realizado, este réu já soma mais de 138 anos de condenação.
Juiz o juiz, há mais processos envolvendo acusados de facções criminosas para serem julgados neste ano, cujos crimes são marcados por sequestro das vítimas, cárcere privado, torturas por vários dias nas residências, com chamadas por videoconferência para os mandantes dos crimes que estão dentro ou fora dos presídios. Estes crimes são motivados por desacertos entre por facções rivais, tráfico de entorpecente, entre outros.
Com informação do Portal Correio do Estado
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