Marcel Oliveira
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
O grupo chinês Zhejiang Xinan Chemical Industrial Group recebeu “luz verde” das autoridades brasileiras e agora pode vender o herbicida glifosato no Brasil. A empresa é sediada em Hangzhou, no leste da China e também está listada na Bolsa de Valores de Xangai.
Por meio de uma teleconferência com investidores, a empresa afirmou que a decisão do Ministério da Saúde brasileiro de autorizar a comercialização desse produto no país deverá ajudar a subir as vendas do herbicida em todo o mundo. Além disso, eles descrevem o Brasil como "o maior mercado do mundo para o glifosato", por ser um dos maiores produtores de alimentos geneticamente modificados.
Como justificativa para o aumento dessas vendas, o Zhejiang Xinan disse acreditar que o consumo de glifosato vai aumentar neste ano de 2020, já que a proibição do Paraquat, outro herbicida bastante usado, irá entrar em vigor logo. Em seu comunicado oficial, a empresa trouxe dados que mostraram que o Brasil usou 200 mil toneladas de glifosato em 2018, um número que representa um quarto do total mundial.
O princípio ativo está sendo alvo de polêmicas por parte de alguns grupos em outros países do mundo, que alegam que a substância é carcinogênica. Bases científicas que justifiquem essa afirmação, no entanto, ainda não foram apresentadas.
Na França, por exemplo, país que está fazendo várias campanhas para proibir o uso do glifosato, a venda do princípio ativo subiu 10% no país em 2018. "Os compromissos assumidos pelo presidente serão mantidos [...] o glifosato será banido para a maioria dos usos até o final de 2020", disse o ministro da Agricultura, Didier Guillaume, em audiência na Assembleia Nacional em 9 de janeiro.
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