sexta-feira, 18 de outubro de 2019

'Síndrome do idoso' frágil é uma das doenças alegadas pela defesa para tirar Name de presídio

Izabela jornada                     Foto Arquivo Correio do Estado


A defesa do pecuarista Jamil Name, considerado chefe de organização criminosa envolvida em crimes de pistolagem que aconteceram em Campo Grande, apresentou três laudos médicos para pedir prisão preventiva domiciliar. De acordo com o advogado Renê Siufi, seu cliente tem graves problemas de saúde, como diabetes, problemas pulmonares e síndrome do idoso frágil.

A reportagem conversou com Siufi e ele declarou que está otimista com a possibilidade de Name, que já tem 80 anos de idade, cumprir a prisão em regime domiciliar. No pedido, a defesa alega também que Jamil Name não pode ficar sozinho em uma cela e que os sintomas podem ser agravados com o isolamento. Isso porque Name está preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no Presídio Federal de Campo Grande. “Vamos tentar”, reforçou Siufi, ao ser indagado sobre a possibilidade dos laudos serem suficientes para que a Justiça atenda o pedido da defesa.

Na primeira semana que Jamil Name ficou preso, ainda no Centro de Triagem Anizio Lima, o chefe da organização criminosa recusou atendimento da médica responsável pelos internos do presídio. Na ocasião, diante da negativa de Name, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnio, que atua na 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, declarou que não há indícios que ele esteja com problemas de saúde, por ter recusado o atendimento. A condição médica de Name já tinha sido usada para evitar a prisão.

Ainda no início de outubro, a defesa de Jamil Name pediu para que ele fosse atendido pelo médico João Jazbik Neto, por ser profissional de confiança da família. O argumento era que Name fazia acompanhamento cardiológico, porém, de acordo com o juiz, o médico é especialista em cirurgia vascular.

Ainda de acordo com o juiz, o pedido para que a médica do Centro de Triagem atendesse Name, ocorreu após ele se informar, por meio da imprensa, que o chefe da organização tem problemas de saúde.

De acordo com informações do processo, a operação encontrou promissória emitida pelo médico João Neto, no valor de R$ 150 mil.
Para reforçar a decisão do juiz, a promotora Paula Volpe alegou que não é coerente a permissão da entrada do médico de confiança de Name, já que ele negou atendimento oferecido pelo presídio.

TRANSFERÊNCIA

Após serem transferidos emergencialmente e temporariamente para a penitenciária federal de Campo Grande, o pecuarista Jamil Name, seu filho Jamil Name Filho e os policiais Márcio Cavalcante e Vladenilson Daniel Olmedo aguardam transferência para serem encaminhados para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O pedido foi feito pela Polícia Civil e pelo Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


Os quatro estavam no Centro de Triagem (CT) até sábado passado (12), mas no mesmo dia, foram  transferidos para o presídio federal da Capital. O motivo da transferência era porque delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo e Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), Fábio Peró teria sido ameaçado de morte pelo grupo.
Com informação do Portal Correio do Estado

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