quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Quase 40% das escolas de Campo Grande não aderiram à paralisação da educação


DAIANY ALBUQUERQUE

Ao todo, 38% das escolas estaduais de Campo Grande não aderiram à paralisação dos professores e servidores administrativos da educação. O levantamento é da Secretaria de Estado de Educação (SED). No Estado todo, 80 instituições educacionais das 357 unidades de Mato Grosso do Sul não participaram da manifestação, ou seja, 22,3%.

Ainda de acordo com a secretaria, atualmente na rede estadual de educação atuam 16.442 professores, entre concursados e contratados, sendo que 64,2% (10.554 professores) aderiram à paralisação.

A manifestação também teve participação dos administrativos, que paralisaram 48% dos profissionais da categoria.

Os dados da SED também dão conta de que 38% das 78 escolas da Capital preferiram não aderir ao movimento. Na Capital são 4.011 professores (concursados e contratados) pelo Estado. Desse número, 2.474 professores (62%) que aderiram à paralisação. Com relação aos administrativos atuantes em Campo Grande o número foi de apenas 21,9%.

Parados desde quarta-feira (2), quando fizeram panfletagem em alguns bairros, os trabalhadores da educação foram nesta quinta-feira (3) para a frente da Governadoria, onde montaram um palco e ficaram por quase toda a manhã.

Os docentes aproveitaram o ato para comemorar sentença proferida pelo juiz Davi de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital, que declarou como “razoável” a paralisação. A secretaria havia entrado na Justiça para impedir que esses dias fossem tirados do ano letivo dos alunos.

“Essa decisão foi muito importante e mostra que a nossa luta está dentro da lei”, declarou o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira. O sindicalista já adiantou que durante o mês de outubro haverá outros protesto.

A categoria reclama que o Estado não teria cumprido com alguns pontos de acordo feito para encerrar a greve dos administrativos, entretanto, o Governo do Estado garante que essas promessas foram cumpridas ou estão em andamento.

Na quarta-feira a secretaria chegou a soltar uma nota afirmando que a Fetems teria “mentido” sobre algumas situações. Eles citam o concurso para professor e administrativos. Sobre o primeiro, a SED informa que ele está parado por medida judicial, já no caso do segundo que convocará os aprovados para exame médico entre novembro e dezembro.
Com informação do Porta Correio do Estado

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