sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Jamil Name também foi autuado por posse de munições e espingarda calibre 12

Por Eduardo Miranda             Foto:Valdenir Rezende


Além do mandado de prisão preventiva por envolvimento na Operação Omertá, que investiga grupo de extermínio e milícia armada, envolvido em execuções, corrupção passiva e ativa, o empresário e pecuarista Jamil Name, também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo e munições. Na casa do empresário, os policiais do Grupo Armado de Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), encontraram munições de pistola 9 milímetros, de origem não comprovada. No haras do empresário e pecuarista foi encontrada uma espingarda calibre 12.

A prisão em flagrante por posse de arma de fogo de calibres permitidos por lei é passível de pagamento de fiança. A fiança deve ser paga pelo empresário, apurou o Correio.

Outros alvos da operação também tiveram autuações em flagrante pelos crimes da lei de armas (porte e posse ilegais). O flagrante representa um trabalho a mais para os advogados dos envolvidos. Eles ainda não informaram se entrarão com pedidos de habeas corpus nesta sexta-feira.
No início da tarde desta sexta-feira, Jamil Name, depois de autuado no Garras, Name foi levado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para exames de corpo de delito.

Além de name, o filho dele, Jamil Name filho, foi alvo da operação. Ao todo, são 10 mandados de prisão temporária, 13 de prisão preventiva, e 21 mandados de busca e apreensão. Além dos policiais do Garras, policiais militares do Batalhão de Choque, da Polícia Federal e também do Grupo de Apoio Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) participam da operação.

EXTERMÍNIO
Os nomes de Name e de Name Filho aparecem em inquérito conduzido pelo Grupo de Apoio Especial no Combate ao Crime Organzado (Gaeco), que investiga grupo de extermínio, suspeito de vários crimes de homicídio em Campo Grande.

Um dos endereços dos mandados é o mesmo em que o guarda municipal Marcelo Rios, chegou a ser flagrado portando armas de uso restrito em maio deste ano. Na mesma operação, no dia 19, os policiais encontraram um arsenal com o mesmo guarda, em outra casa no Bairro Monte Líbano.

O baú com o arsenal continha, seis fuzis, dois deles do modelo AK-47, além de mais de uma dezena de pistolas, silenciadores e milhares de munições.

Rios atualmente está preso preventivamente em Campo Grande, aguardando transferência para Mossoró (RN), onde deve ficar um ano detido.

Outros dois guardas municipais, Robert Kopetski e Rafael Antunes da Silva, e o motorista Flavio Morais da Cunha, também estão presos. Por causa do envolvimento com o grupo de extermínio, Marcelo Rios e Kopetski foram demitidos da Guarda Civil Municipal.

ENTENDA O NOME DA OPERAÇÃO:
O nome da operação, é alusivo a um termo do dialeto napolitano, do idioma italiano. Omertá, conforme o Gaeco, é um termo que se fundamenta em um forte sentido de família e em um silêncio que impede a cooperação com autoridades policiais ou judiciárias. Trata-se de um código de honra muito usado nas máfias do Sul da Itália.

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