quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

ONG não prestou contas de meio bilhão para índios


Jornal Correio do Estado       Foto:Correio do Estado

Responsável por gerir profissionais em 19 dos 34 distritos de saúde indígena do Brasil em troca de milhões do Ministério da Saúde, a Missão Guarani Caiuá, entidade de Mato Grosso do Sul ligada a Igrejas Presbiterianas (do Brasil e independente), é suspeita de contratar funcionários fantasmas. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), de 2017, aponta indícios da ilegalidade.

Conforme levantamento da reportagem do Correio do Estado, com dados do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, entre 2013 e 2018 a entidade recebeu pelo menos R$ 550,7 milhões provenientes de sete convênios com o governo federal na gestão dos Departamento Sanitário Especial Indígena (Dsei), unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Apesar de encerradas, as parcerias não tiveram as prestações de contas encaminhada por completo ao ministério.

O relatório do TCU, relativo a fiscalizações feitas entre os anos de 2014 e 2015, aponta que nestes dois anos foram destinados R$ 1,36 bilhão à três instituições não governamentais para gerir saúde indígena no Brasil.  Além da Missão Evangélica Caiuá, também receberam recursos a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), em São Paulo (SP); e o  Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife (PE).

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