segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Enfermagem da Santa Casa vai parar em 72 horas se 13º não for depositado





Os mais de 1.400 profissionais da Enfermagem da Santa Casa ameaçaram entrar em greve se o hospital não pagar o restante do 13º salário que está em aberto. Indicativo de greve foi votado e aprovado pelos profissionais durante assembleia que ocorreu na manhã desta segunda-feira (28).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Siems), Lázaro Santana, o jurídico vai encaminhar liminar para que verba da Santa Casa seja bloqueada com o objetivo de garantir os salários. “Vamos levar denúncia para o Ministério Público Estadual (MPE) para que eles ingressem com ação”, disse Santana.

Os organizadores da greve farão escala reduzida já neste momento de indicativo e se as reivindicações não forem atendidas em 72 horas, os profissionais vão paralisar 70% dos atendimentos. “Menos no período da noite, pois à noite tem menos profissionais, mas os horários matutino e vespertino terão os atendimentos reduzidos”, explicou o presidente.

Lázaro disse também que antes de encaminhar o indicativo de greve, eles pediram reunião com o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) e com o governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), mas não tiveram resposta de nenhum deles. “Tentamos, mas ninguém nos atendeu, a greve vai começar e não temos prazo para terminar”, ameaçou Lázaro Santana.

A situação de atraso no pagamento dos trabalhadores começou em outubro do ano passado e, dois meses depois (dezembro), a Procuradoria do Trabalho de Mato Grosso do Sul precisou interferir na situação, ajuizando pedido de bloqueio de 2.692.942,87 do hospital a fim de assegurar o pagamento dos médicos.

Reportagem do Correio do Estado mostrou que, os funcionários do hospital estão sendo usados como massa de manobra, para que a Santa Casa consiga aumento nos repasses feitos pela Prefeitura de Campo Grande, Governo de Mato Grosso do Sul e Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente do sindicato, Lázaro Santana, nega.

Em uma das últimas reuniões com a direção da instituição, os diretores do hospital propuseram aos funcionários que o pagamento dos 40% restantes do décimo terceiro dos funcionários, atrasado desde o ano passado, seja feito em três parcelas iguais, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2019.

A justificativa da diretoria é de que o hospital tem um deficit mensal no repasse mensal. Porém a categoria não aceitou e ameaça entrar em greve se o hospital não pagar o restante do 13º integral em 72 horas.

DEFINIÇÃO PODER PÚBLICO


NO dia 8 de janeiro foi realizada uma reunião entre os representantes da Siems, o presidente, Lázaro Santana e a vice, Helena Delgado e os secretários municipais de Saúde, Marcelo Vilela e de Finanças, Pedro Pedrossian Neto.

Foi confirmado pelo titular da Sefin que o repasse feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) seria depositado, no valor de R$ 6 milhões. Já o repasse do governo do Estado deve ser de R$ 3,5 milhões e ainda seria definido.
De acordo com a assessoria da Santa Casa, a folha de pagamento da instituição soma R$ 12 milhões e mesmo com o repasse da União e do Governo do Estado, ainda faltam R$ 2,5 milhões. Com informação do Portal Correio do Estado.

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