Foto: Washington Costa/MF
O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 11,5 bilhões em setembro. No acumulado do ano, no entanto, as contas estão no vermelho em R$ 93,73 bilhões.
O bom resultado no mês foi influenciado pela entrada de R$ 26 bilhões de recursos sacados pelo Tesouro de contas paradas no PIS/Pasep. A medida foi permitida pela PEC da transição aprovada no final do ano passado.
No mesmo período de 2022, o governo central havia registrado superávit de R$ 10,93 bilhões no mês e de R$ 33,8 de janeiro a setembro. No acumulado em 12 meses até setembro, houve déficit de R$ 71,4 bilhões, ou 0,7% do PIB.
De acordo com o Tesouro, as receitas em setembro subiram R$ 16,4 bilhões (10,4%) em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, enquanto a despesa subiu R$ 16,3 bilhões (11,5%) na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo análise da XP Investimentos, o bom resultado no mês de setembro foi influenciado por esse saque do PIS/Pasep, classificado de "receitas não recorrentes", ou seja, que não vão se repetir.
"O superávit do governo central em setembro foi impulsionado pela receita não recorrente do fundo PIS/Pasep. Sem esse efeito, teríamos o quinto déficit consecutivo no ano, um claro sinal de deterioração das contas públicas", disse a corretora em relatório a clientes.
Por
Alvaro Gribele
Renan Monteiro
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