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Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizada entre setembro e dezembro de 2023 revela que os produtores de tabaco no Brasil possuem alto nível socioeconômico, com aproximadamente 80% deles pertencendo às classes A e B, enquanto a média nacional para essas classes não ultrapassa 25%. O relatório sobre o Perfil socioeconômico dos produtores de tabaco na Região Sul do Brasil demonstra que, considerando todas as fontes de renda, esses produtores têm uma média mensal de R$ 11.755,30 e uma renda per capita de R$ 3.935,40, em contraste com a média nacional de R$ 1.625,00 (com base em dados do IBGE de 2022). Isso confirma que os produtores de tabaco têm renda substancialmente superior à média nacional.
Os produtores de tabaco no Brasil possuem um alto padrão socioeconômico, com uma significativa parcela (6,7%) no estrato A, mais de duas vezes a média nacional (2,9%). Além disso, 6,1% estão no estrato B1, superando a média nacional de 5,1%, e 67,2% no estrato B2, quatro vezes mais do que a média nacional de 16,7%. Eles desfrutam de boas condições de vida, incluindo domicílios com três ou mais dormitórios, banheiro, acesso à rede elétrica e, em alguns casos, energia solar. Quase todos possuem televisão, telefone celular, muitos têm computadores, a maioria possui tratores, e todos têm automóveis ou caminhonetes.
“A única certeza que temos é de que o governo federal é quem terá assento e poderá levar posicionamentos em torno da pauta prevista. Nesse sentido, o Brasil, por sua posição de liderança mundial na produção e exportação de tabaco, deveria ser protagonista em defender a cadeia produtiva. Nosso trabalho tem sido dar transparência sobre a realidade do setor e, na medida do possível, desembaçar lentes prejudicadas pelo viés radical em torno do produto final e pelos discursos ideológicos”, afirma Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
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