sábado, 8 de janeiro de 2022

Prefeito descarta volta do toque de recolher e novas restrições em Campo Grande

 

Marquinhos Trad afirma que situação está sendo monitorada, mas tendência é de melhora de casos

Glaucea Vaccari

Mesmo com o aumento de casos e procura por atendimento nas unidades de saúde de Campo Grande, a Prefeitura não deve adotar novas medidas restritivas.


O prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), disse ao Correio do Estado que houve a possibilidade de se estudar o retorno de algumas restrições, mas que o cenário atual não demonstra essa necessidade.


"Esses dois últimos dias as testagens não deram um percentual alto de positividade e as que deram não são suficientes para ocupar leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva]", disse.


Conforme boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a taxa de ocupação de leitos na microrregião de Campo Grande é de 49%.


"Além do que, de ontem para hoje diminuiu o número de pessoas nas unidades der saúde, a procura não justifica novas medidas", garantiu o prefeito.


Desta forma, ele disse que medidas como o toque de recolher e o retorno do regime de trabalho remoto estão "absolutamente descartadas".


"Está melhorando o cenário, e não piorando", concluiu.


O prefeito testou positivo para a Covid-19 nesta semana e se recupera em casa, de onde segue trabalhando.


Ele está bem e sem sintomas, segundo informou ao Correio do Estado, e deve fazer novo teste na segunda-feira (10).


Estado

Diferentemente da prefeitura, o governo do Estado estuda o retorno de normas restritivas em Mato Grosso do Sul.


De acordo com a secretária adjunta de Saúde, Crhristinne Maymone, o grupo técnico do Prosseguir irá se reunir na próxima segunda-feira (10) para avaliar a implantação de novas medidas ou o retorno à vigência de decretos revogados durante a pandemia.


Conforme relatório divulgado pela Secretaria, nos primeiros dias de janeiro, houve aumento significativo na procura por testes e no número de resultado positivos.


Crhistinne afirmou que as festas de fim de ano, que geraram grandes aglomerações, são as principais responsáveis pelo aumento expressivo de casos.


Além dias, o Estado também enfrenta epidemia de Influenza H3N2.


Nas unidades de saúde, a procura por atendimento de pessoas com sintomas de doenças respiratórias também teve um salto.


Na Capital, tendas foram instaladas para atender a demanda, além do aumento do número de médicos disponíveis.


Nos hospitais particulares, a situação também preocupa.


O número de consultas no Hospital da Unimed saltou de 50 atendimentos/dia em dezembro para 300 atendimentos/dia na primeira semana de janeiro, o que representa um aumento de 500%.


Na Cassems, o aumento de procura por atendimento levou o hospital a também instalar tendas para suporte à assistência.


A recomendaçãoe é que as pessoas mantenham as medidas protetivas e redobrem os cuidados, usando máscaras e evitando aglomerações.

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