quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Marco das Ferrovias já fechou 21 novos contratos

 


As empresas se comprometeram a construírem 6,5 mil quilômetros de trilhos
Por:  -Eliza Maliszewski


Por meio do novo marco das ferrovias, o governo federal já assinou 21 contratos sem a necessidade de leilão. As empresas se comprometeram a investir quase R$ 91 bilhões, além de construírem 6,5 mil quilômetros de trilhos.


A validade das negociações firmadas entre as companhias e o Poder Executivo é de 99 anos, renováveis por mais 99. A maior parte dos aportes vindos da iniciativa privada serão realizados nos cinco primeiros anos.


O agronegócio e a mineração serão os dois setores mais bem atendidos, com 32,8% de cargas sobre os trilhos pelos próximos anos. Celulose e carga geral vêm na sequência, com 10% e 6,2%, respectivamente.


Os contratos atuais somados aos do novo marco devem mudar o perfil da carga transportada. A partir de 2035, o governo projeta que as ferrovias serão 40% a 45% da matriz de transportes.


Baixa densidade ferroviária, se comparada à de outros países, vagões enferrujando, obras inacabadas e um setor carente de investimentos devido à burocracia estatal. Esse é o quadro das ferrovias brasileiras. Para ter ideia, não passa sequer um trem por dia em cerca de 30% da malha de 30 mil quilômetros, conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria.



Já em outros países, a coisa é diferente. Os Estados Unidos, por exemplo, têm a maior extensão de trilhos do mundo, com 295 mil quilômetros, e utiliza 45% de sua malha ferroviária. A China ocupa o segundo lugar: 124 mil quilômetros e faz uso de 37%. A Rússia possui 87,1 mil quilômetros de trilhos e opera em 81% deles. O Canadá, com 77,9 mil quilômetros, usa 46%.


No Brasil, as rodovias são utilizadas para o escoamento de 65% da produção do país, enquanto os trilhos se ocupam de pouco mais de 20%. Trata-se de um mercado a ser explorado.


* informações da Revista Oeste

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