segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Secretário de Saúde de MS quer doar vacinas para o Paraguai e Bolívia

 

                                                Foto; Bruno Henrique


Em Mato Grosso do Sul, 67,52% da população está com o ciclo vacinal contra o Covid-19 completo


O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende sugeriu que doses das vacinas contra a Covid-19 sejam doadas para os países vizinhos, Paraguai e Bolívia. 


De acordo com o secretário, a doação de doses para a imunização da população desses países é um ato humanitário.


"Já hoje, há sobra no Ministério da Saúde, há sobras nos estados, há sobras nos municípios. E aí, um gesto humanitário, nesse momento, era importante. Nós ajudarmos a imunizar os habitantes, irmãos, do Paraguai, da Bolívia, aqui para nós”.


Resende ainda reforçou que o envio dessas doses fortalece o combate a contaminação na fronteira.


"Não adianta ter 100% imunizados em Ponta Porã, quase 90% segunda dose, se em Pedro Juan, que é cidade ao lado, temos 35%, 40% ou 50% da população vacinada, o quantitativo de pessoas não vacinadas é alto, e essas permanecerão contaminando", disse o secretário.


Em Mato Grosso do Sul, 4.196.139 doses foram aplicadas, dessas 1.972.007 são em primeira dose, 1.661.920 segunda dose e 235.041 dose única. 


O percentual da população vacinada do Estado com o esquema vacinal completo é 67,52%.


Já em Campo Grande, 662.716 pessoas receberam a primeira dose (73,14%), 621.004 com duas doses ou dose única (68,54) e 168,897 receberam três doses. 


Atraso

Mato Grosso do Sul ainda aguarda o envio de 237.261 mil doses de vacinas da Janssen para aplicar a dose de reforço nas pessoas que foram vacinadas com o imunizante no Estado.


O Ministério da Saúde havia confirmado o envio da remessa até o dia 5 de dezembro. No entanto, o prazo estipulado passou, as doses não foram enviadas e não há novas informações sobre quando chegam os imunizantes.


No total, 237.261 pessoas foram imunizadas com a Janssen, que era dose única, e precisam tomar a dose de reforço.


Inicialmente, o imunizante foi utilizado em estudo na fronteira, com aplicação em pessoas de 13 cidades fronteiriças do Estado, mas as sobras foram distribuídas nos demais 66 municípios, fazendo com que todas as cidades necessitem de doses para o reforço.


A expectativa é que a vacina seja encaminhada ainda nesta semana, pois o dia D de vacinação está marcado para o sábado (11), com uma ação em Ponta Porã. Do total de doses, Campo Grande deverá receber 45.549.


A segunda dose da Janssen deve ser aplicada após dois meses da primeira dose (D1) e a terceira dose deve ser aplicada após quatro meses da D2.


 

Boletim 

Dados do Boletim Epidemiológico, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), mostram 93 casos novos de Covid-19 e nenhum óbito registrados nesta segunda-feira (6), em MS.


Não houve óbitos. Ao todo, o Estado contabiliza 9.687 óbitos, 1.114.239 de casos notificados e 379.140 de casos confirmados desde o início da pandemia.


Existem 59 pessoas hospitalizadas em Mato Grosso do Sul, sendo 33 em leitos clínicos (30 público; 3 privado) e 26 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (22 público; 4 privado).


Em Campo Grande, foram notificados 19 novos casos de Covid-19; em Dourados, 22 casos; em Corumbá, 33; em Três Lagoas e Ponta Porã, não foram registrados casos novos. 


Existem 3 pessoas à espera de um leito em Mato Grosso do Sul, todas da Central de Regulação da Capital.


 

Ômicron

MS ainda não tem casos confirmados da variante Ômicron, da Covid-19, mas a circulação da nova cepa no País, com seis casos confirmados, preocupa as autoridades de saúde, que apostam na vacinação como uma forma de conter novos casos.


Geraldo Resende, disse, nessa segunda-feira, que as pessoas que não se vacinaram abrem espaço para que o vírus sofra mutações, como tem ocorrido.


Ele afirmou ainda que estudos apontam que a Ômicron não tem caráter muito severo nas pessoas que já estão imunizadas.


Mesmo quando infectadas, elas têm apresentado casos mais leves da Covid-19, segundo o secretário.

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