terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Moro diz que só vai concorrer em 2022 para vencer Bolsonaro e Lula

 

Poder 360


O ex-juiz e pré-candidato à presidência da República Sérgio Moro (Podemos) disse que só vai concorrer em 2022 porque não tem nenhum candidato competitivo de centro capaz de vencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Moro deu a declaração na 2ª feira (13.dez.2021), durante evento on-line organizado pelo grupo Derrubando Muros, que reúne economistas, empresários e intelectuais de centro.


Segundo o ex-juiz, enquanto Bolsonaro “flerta com o autoritarismo” em um “projeto pessoal e familiar de poder”, Lula foi o protagonista dos “2 maiores escândalos de corrupção da história”, o mensalão e a Lava Jato.


“Se tivesse um candidato competitivo de centro contra os 2, eu provavelmente ficaria no setor privado”, afirmou Moro, justificando a sua entrada na corrida eleitoral.


O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro também disse duvidar que seus rivais queiram debater com ele. “Tem que ver se vai ter debate. Eu me disponho a ir, mas tenho dúvidas se o ex e o atual presidente vão se dispor a ir nessa arena.”


Sobre sua atuação enquanto juiz da Lava Jato e ministro, Moro afirmou ter tomado “decisões difíceis”, mas disse que irá defendê-las. “Algumas pessoas são críticas em relação a algumas decisões que eu tomei, mas tenho tranquilidade, tanto no caso da Lava Jato como [quando estava] no Governo.”


CANDIDATURA

Em 10 de novembro, Moro filiou-se ao Podemos e postou-se como pré-candidato ao Planalto para as eleições de 2022. O evento de filiação reuniu cerca de 400 pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.


Participantes ouvidos pelo Poder360 disseram ver a candidatura do ex-juiz como alternativa de centro, de direita, ou ainda capaz de aglutinar nomes da 3ª via.


O Podemos chama a entrada de Moro no partido de “novo capítulo” na política brasileira.


Segundo Moro, os pilares da proposta que está desenvolvendo envolvem o fim da polarização, a erradicação da pobreza, a defesa do livre mercado, privatizações, liberdade de imprensa, reformas, educação e combate à corrupção.

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