Os preços do milho no mercado brasileiro podem cair após o novo relatório mensal de acompanhamento das culturas divulgado nesta quinta-feira pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A projeção é da TF Consultoria Agroeconômica ao avaliar o aumento de 1,22 milhão de toneladas nos estoques iniciais e um aumento de 470 mil toneladas na produção do cereal.
De acordo com os analistas de mercado, essas revisões foram parcialmente compensados com aumentos de 773,6 mil tons no consumo interno: “O restante foi jogado para os estoques finais, que aumentaram 922,5 mil toneladas. Este aumento, se confirmado, poderá trazer um pequeno alívio para os compradores, que, com isto, teoricamente não precisarão subir tanto os preços”.
Segundo os especialistas, o fiel da balança será a produção nos três estados do Sul, que também são os maiores consumidores nacionais e que estão atravessando um período de seca, com perdas irreversíveis já relatadas no Rio Grande do Sul, com redução de produtividade no Oeste dos estados de Santa Catarina e do Paraná. Claro que os déficits de produção poderão ser compensados com produto de outros estados, como Paraná, Mato Grosso e até Goiás, mas isto manterá os preços elevados, sem as quedas inicialmente previstas.
VENDA
De acordo com a Consultoria DATAGRO, as vendas do milho da safra de verão 2020/21 no Centro-Sul do Brasil chegaram a 95,5% da produção esperada, contra 93,8% no levantamento anterior e 98,4% em igual momento do ano passado, ligeiramente acima dos 94,5% da média de cinco anos.
“Até o dia 3 de dezembro, 87,8% da safra de inverno no Centro-Sul estava compromissada pelos produtores, ante 85,0% no mês passado, 90,6% em 2020 e 86,3% na média dos últimos 5 anos. A previsão total de safra 2020/21 foi mantida em 86,27 mi de t do levantamento de novembro”, conclui a consultoria capitaneada por Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.
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