sábado, 18 de dezembro de 2021

Lula seria eleito presidente no primeiro turno, segundo pesquisa

 

                                          © Tomas CUESTA (ARQUIVO)

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria as eleições presidenciais de outubro de 2022 no primeiro turno, ampliando a vantagem contra o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16). 



Embora ainda não tenha confirmado se será candidato, decisão que diz que tomará no início do ano que vem, Lula, de 76 anos, teria 48% dos votos contra 22% de Bolsonaro, de 66 anos, segundo levantamento do Instituto Datafolha, publicado pelo jornal Folha de São Paulo. 


A chamada "terceira via" aparece relegada, segundo pesquisa realizada pessoalmente com 3.666 maiores de 16 anos em 191 cidades do país entre 13 e 16 de dezembro, com margem de erro de +/- 2 pontos. 


O ex-juiz e ministro de Bolsonaro Sergio Moro, ícone da megaoperação Lava Jato que prendeu Lula, tem 9% de apoio, enquanto o ex-governador do Ceará (nordeste) Ciro Gomes 7% e o governador de São Paulo, João Doria, 4%. 8% optariam pelo voto em branco e 2% não sabem.


Com esse apoio, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) garantiria seu terceiro mandato porque o regulamento eleitoral considera o candidato que obtiver a maioria absoluta (metade mais um) dos "votos válidos" como vencedor do primeiro turno, excluindo os votos em branco ou nulos. 


Com forte apoio das classes populares, Lula se firmou como favorito, rótulo que se mantém desde que a Justiça derrubou suas condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em março. O ex-presidente (2003-2010), que passou 18 meses na prisão entre 2018 e 2019, teve a intenção de voto de 44% dos entrevistados na última pesquisa Datafolha, em setembro. 


Criticado por sua gestão da pandemia, que deixa mais de 617 mil mortos no país, Bolsonaro teve o apoio de 26%. 


Além de uma forte polarização política, o caminho para as eleições deve ser complexo devido à difícil situação econômica do país, que enfrenta uma inflação galopante e alto desemprego.

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