Na capital, somente eventos promovidos pela prefeitura solicitam comprovante
Karine Alencar
Com a descoberta da variante Ômicron, vinda da África do Sul e que já tem três casos no Brasil, enquanto outros estão em análise, o infectologista Júlio Croda disse que carnaval, festas e eventos só deveriam ser liberadas com o passaporte da vacina.
" Talvez, se tivesse um passaporte vacinal poderia ter os eventos. O certo seria exigir passaporte em qualquer tipo de aglomeração, até mesmo nas rematrículas das escolas municipais, estaduais e privadas, assim como para todos esses eventos associados a aglomeração”, defendeu o especialista.
“Qualquer aglomeração deveria ser vetada, é melhor aguardar uma cobertura vacinal maior, já que só atingimos a margem de 70% da população imunizada."
“Enquanto não tiver uma segurança maior é melhor prevenir, acredito que a festa de carnaval é muito arriscada, ainda mais no contexto de uma nova variante, e não só o carnaval, como o ano novo também e vários outros eventos” enfatizou.
No entanto, ainda [ontem, terça-feira 30] o prefeito Marquinhos Trad (PSD), voltou a afirmar que não vai aderir ao documento em Campo Grande. A ideia contrapõe a ciência e entra em conflito com opiniões de infectologistas e outras autoridades locais.
Trad deixou claro que o comprovante só será exigido para eventos promovidos pela prefeitura. Nos estabelecimentos e eventos privados, o prefeito não vai impor a restrição.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), 35.395 pessoas com 12 anos ou mais ainda não tomaram a 1º dose em Campo Grande, 60.873 não voltaram para receber a 2º, e 24.274 pessoas que poderiam ter recebido a 3º dose ainda não compareceram aos locais de imunização.
Após mais um resultado positivo para a variante de preocupação, o Brasil já chega a contabilizar três infectados pela cepa. Até agora, todos são no Estado de São Paulo.
Os dois primeiros foram confirmados na terça-feira (30), e o terceiro nesta quarta-feira (1). Além do Rio, Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo também tem casos suspeitos da Ômicron.
Com informação do Portal Correio do Estado
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