quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Guedes sugere criar ministério e diz que discutirá pobreza na campanha eleitoral

 


Novo ministério representaria um desmembramento do Ministério da Economia



FOLHAPRESS) - 


O ministro Paulo Guedes (Economia) sugeriu nesta quarta-feira (1º) a criação de um ministério para gerir o patrimônio da União. 


Ele propôs que os ativos federais sejam vendidos para gerar recursos contra a pobreza e disse que discutirá esses temas durante a campanha eleitoral.


"Eu já falei com o presidente. Estou propondo que, para o novo governo, tem que existir o Ministério do Patrimônio da União", afirmou em evento do Ministério da Economia. "O Estado tem R$ 4 trilhões [em ativos], uma fortuna incalculável, e o povo pobre e miserável", disse.


O governo hoje conta com a SPU (Secretaria de Patrimônio da União), que integra a estrutura do Ministério da Economia e é responsável por administrar certos ativos -como os imóveis federais. Outra secretaria da pasta de Guedes também é responsável pelas estatais.


Por isso, um novo ministério para cuidar dos ativos representaria um desmembramento do Ministério da Economia, que foi criado a partir da junção da Fazenda, do Planejamento, da Indústria e do Trabalho. 


Guedes e o presidente Jair Bolsonaro entraram no governo defendendo um menor número de pastas e pregando o enxugamento da máquina pública.


Recentemente, Guedes perdeu uma parte de seu superministério com a recriação da pasta do Trabalho e Previdência -hoje comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni.


Guedes sugeriu que a venda de ativos gere recursos a um fundo de combate à pobreza, que repassaria o dinheiro aos mais vulneráveis. 


"Vende alguns ativos aqui e enche o tanque do fundo. É a transformação do Estado brasileiro", afirmou.


Ele defendeu que o repasse dos recursos pode ser feito fora do teto de gastos. Em sua visão, a regra constitucional que limita as despesas federais foi criada para impedir o crescimento do Estado -e o que ele está propondo é diminuir o tamanho do poder público.


"Se eu quiser transferir os ativos para a população brasileira dos ativos que estou vendendo, não se aplica o teto. Estou diminuindo. O teto foi feito para não deixar crescer", afirmou.


"Durante a campanha, vamos trabalhar esses temas. Como erradicar a pobreza, reduzir o endividamento e as taxas de juros, transformar o capital público", afirmou. 


Para ele, as privatizações são importantes também para estimular a entrada de novos competidores em cada mercado.

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