terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Gebara quer escalar “um degrau de cada vez” em retorno à elite do judô

 

                                             Valdenir Rezende/Arquivo
Vaga na seleção brasileira da modalidade veio após seletiva disputada na semana passada em SP

Nyelder Rodrigues

Vinte e seis anos, peso pesado (+ 78 kg) e um retorno triunfal às competições da elite do judô do Brasil - um dos principais países na prática da modalidade em todo o mundo. 


 


A jovem douradense Camila Gebara Yamakawa deu os primeiros passos na luta de origem japonesa ao acaso na infância, para se ocupar enquanto os pais praticavam outros esportes e também para fazer companhia à irmã. 


Mas hoje colhe os frutos de praticamente 20 anos dedicados ao esporte que já garantiu várias medalhas olímpicas para os brasileiros: ela está entre os 18 atletas  que farão parte em 2022 da Seleção Brasileira de Judô, que se prepara em conjunto para a disputa do Campeonato Mundial.


Em 2018, Camila já havia participado da seleção, mas  acabou não ficando no grupo em 2019, 2020 e 2021 - período em que a judoca se dedicou à sua acadêmia em Dourados e ao filho, que nasceu em 2019, chamado Ali. 


Foi com ele que ela subiu no pódio naquele mesmo ano, quando venceu o Brasileiro Sênior - contudo, foi naquele mesmo período que se afastou das competições. 


Agora, seu retorno acontece com um só pensando: aos poucos retomar o espaço que estava conquistando já anteriormente.


“Meu pensamento agora é de voltar a pontuar e subir no ranking mundial. São quase dois anos sem competir e a agora tenho que focar em escalar um degrau de cada vez." 


"A primeira coisa que tenho que fazer é ir novamente ao ranking mundial e subir nele, para depois pensar em outros objetivos, como os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024”, explica Camila, que ao contrário de muitos outros atletas da elite do judô que se mudam para grandes centros, continua morando em Dourados e treinando lá.


Os treinamentos da judoca já vem se estendendo há um longo período, apesar de seu afastamento das competições. 


“Eu vinha treinando forte para a disputa do Brasileiro Sênior desse ano, ao qual conquistei a vaga nessa seletiva da semana passada. Especificamente para a seletiva, eu tive só duas ou três semanas de treino, mas como eu já vinha forte para outra campeonato, cheguei bem e graças à Deus consegui retornar à Seleção”, comenta a peso-pesado sul-mato-grossense. 


Gebara é casada com Jorge Yamakawa, seu treinador - ou sensei, como são chamados os professores naslutas de origem japonesa - e também é  atleta do Exército Brasileiro, além de dona do próprio negócio, o CT Camila Gebara. Ela também faz parte do Clube Sakurá.


 

MENOS PESO, MAIS JUDÔ

A preparação de Camila Gebara para retornar aos tatames em competições não foi pautada apenas em treinos. 


A judoca também teve que mudar estilo de luta, já que passou por grande mudança física: perdeu peso e ganhou mais agilidade e mobilidade para aplicar e fugir dos golpes adversários. 


Dos 126 kg que apresentava até setembro do ano passado, ela conseguiu chegar a 85 kg em setembro de 2021, ou seja, uma redução de 41 kg apenas até ali. 


Apesar disso, ela seguiu na mesma categoria, a dos pesados. “Agora é focar nos treinos da seleção do Rio de Janeiro no final de janeiro, início de fevereiro, e nas competições internacionais que virão aí. 


O objetivo é trazer medalhas para o Brasil, para Mato Grosso do Sul, e conseguir recolocar meu nome bem no ranking”, conclui.


Com informação do Portal Correio do Estado

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