Pesquisa foi feita em quatro rodovias asfaltadas de Mato Grosso do Sul
Izabela Cavalcanti
Mais de 12 mil animais silvestres morreram em colisões com veículos, nas rodovias de Mato Grosso do Sul, segundo estudo feito pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres de Mato Grosso do Sul (Icas-MS).
O número é resultado de um estudo feito por 3 anos, em quatro rodovias asfaltadas do Estado: MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359.
Por ano, esses registros ficam entre 3 a 5 mil.
Cerca de 40% são de animais de grande porte, como por exemplo, como capivaras, antas e tamanduás.
"Em relação ao Estado, o Icas fez pesquisa durante três anos em quatro rodovias asfaltadas. Nesse período, mais de 12 mil animais foram mortos. Cerca de 40% deles são animais de médio e grande porte, como capivaras, antas e tamanduás, que podem causar acidentes graves", explicou a bióloga e especialista de ecologia em estradas e rodovias no Icas, Érica Naomi Saito.
ESTRADA VIVA
Na intenção de reduzir essas mortes por atropelamento nas rodovias, o Governo do Estado em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), lançou o programa Estrada Viva.
No dia 17 de dezembro, o Governo lançou o Manual de Orientações Técnicas do Programa Estrada Viva, para que todas as construções de estradas de Mato Grosso do Sul sigam as recomendações do documento.
"Quando o pessoal da Agesul for contratar essas empresas para elaborar os projetos, todos vão ter que estar utilizando o manual, implementando essas medidas para mitigar as colisões com fauna. Então isso, torna o Estado uma referência para o Brasil, porque é a primeiríssima vez no Brasil que vai ter esse tipo de iniciativa como estratégia de governo", explicou Érica Saito, que também participou da elaboração do manual.
Com o manual, estradas e rodovias a serem pavimentadas no Estado terão que ter em seus projetos executivos ferramentas que permitam a redução de atropelamentos desses animais.
As orientações do manual também poderão ser colocadas em prática em estradas estaduais já pavimentadas que possuem problemas com atropelamentos de animais de espécies ameaçadas de extinção.
Com informação do Portal Correio do Estado
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