domingo, 12 de dezembro de 2021

Confira as novidades semanais sobre automóveis no Brasil e no mundo

 Daniel Dias/AutoMotrix

Resgate do protagonismo

Depois de liderar os últimos seis anos e ter sua produção parada por quase seis meses em 2021 devido à falta de semicondutores, o Chevrolet Onix voltou a liderar um mês no mercado brasileiro. 

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), novembro teve 161.027 unidades vendidas entre carros de passeio e comerciais leves, representando aumento de 3,6% ante o mesmo mês de 2020 e de 7,3% sobre outubro deste ano. 

No acumulado de janeiro a novembro, foram emplacados 1.780.906 veículos nos dois segmentos, com queda de 24,8% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado. 

O recuo nesse quesito pode ser “creditado” à falta de componentes na indústria automotiva. 

No ranking dos modelos, o Onix teve 9.327 unidades emplacadas e ainda manteve a oitava posição no acumulado de janeiro a novembro, com 62.096 exemplares comercializados, apesar da parada de mais de seis meses. 

O Onix Plus, o sedã da família, com 7.521 emplacamentos, também voltou ao topo mensal, em terceiro, atrás da Fiat Strada (8.535), o modelo mais vendido deste ano, com 100.049 unidades emplacadas. 

O Volkswagen Gol ficou em quarto em novembro, com 6.866 vendas, à frente do Fiat Argo (6.340), do Hyundai Creta (6.099), que pela primeira vez superou o “irmão” de fábrica HB20, do Chevrolet Tracker (6.073), da Fiat Toro (5.921), do HB20 (5.540) e do Jeep Compass (5.287).

Líder em tempos insólitos

Devido principalmente às vendas da Strada, o campeão do ranking no mercado brasileiro, com mais de cem mil emplacamentos desde janeiro, a Fiat manteve a primeira colocação entre as montadoras com fábricas no Brasil nos segmentos de carros de passeio e comerciais leves. A marca italiana teve 30.694 unidades vendidas em novembro e 19,06% de participação. 

A marca pertencente à Stellantis, que reúne ainda a Jeep e as duas da PSA (Citroën e Peugeot), foi seguida pela General Motors, com 29.430 emplacamentos e 17,6% de “market share”, à frente da Volkswagen (21.689 e 13,4%), da Toyota (14.269 e 8,8%), da Hyundai (14.062 e 8,7%), da Jeep (10.643 e 6,6%), da Renault (9.744 e 6,05%), da Nissan, que atingiu a oitava posição depois de muito tempo, com 6.848 e 4,2% de “share”, da Honda (5.807 e 3,6%) e da Caoa Chery (3.683 e 2,2%). 

A ainda jovem fabricante sino-brasileira parece mesmo ter chegado ao “top ten” para ficar, com a saída da tradicional Ford, que desde janeiro comercializa no Brasil apenas carros importados, com o final da produção em território nacional.

 

De mal a pior

A inusitada crise de oferta, provocada pela carência global de semicondutores, continua derrubando os números da indústria automotiva brasileira. 

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em novembro, foram produzidos 206 mil veículos, 15,1% a mais que em outubro, porém, 13,5% a menos em comparação ao mesmo período de 2020, configurando o pior resultado para o mês nos últimos anos. 

As exportações também não trouxeram alívio em novembro, com 28 mil unidades embarcadas, uma queda de 6% em relação a outubro e 36,3% a menos que no mesmo intervalo de 2020.

“Temos muitos veículos incompletos nos pátios das fábricas, à espera de componentes eletrônicos. Esperamos que eles possam ser completados neste mês, amenizando um pouco as filas de espera na virada de ano”, afirmou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, acrescentando que a expectativa para o próximo ano é de uma melhora gradual no fornecimento de semicondutores, embora a solução completa da crise só esteja prevista para o final de 2022.

Campeão com reajustes

No ano em que atingiu a marca de 50 milhões de unidades vendidas no mundo inteiro – sendo o veículo de maior sucesso da história da indústria automotiva –, o Corolla continua mandando também no Brasil. De janeiro a novembro, foram 36.971 exemplares comercializados, com a invejável média mensal de 3,4 mil unidades. 

Mas a Toyota fará reajustes nos preços no mercado brasileiro, mantendo os R$ 132.890 da versão de entrada GLi. 

Todas as outras passaram por reajuste, ficando a XEi a R$ 146.790, a Altis Premium a R$ 171.590, a GR-S a R$ 172.790, a Altis Hybrid a R$ 171.590 e a Altis Hybrid Premium a R$ 180.690. 

As versões “comuns” contam com o motor Dynamic Force 2.0 de dupla injeção com até 177 cavalos, com etanol, e torque de 21,4 kgfm, com transmissão Direct Shift CVT com 10 marchas. Nas híbridas, o Corolla brasileiro tem motor 1.8 de ciclo Atkinson e um elétrico, totalizando 123 cavalos de potência e cerca de 30 kgfm de torque.

 
 

Ambição mandarim

Poucos dias após fazer o pré-lançamento do Tan EV, primeiro SUV 100% elétrico de sete lugares do mercado brasileiro, a BYD anuncia planos bem ousados para o país. 

A empresa projeta ter uma rede de concessionárias com representantes em 35 das maiores cidades brasileiras até o final de 2022, nas quais o cliente poderá adquirir veículos e ter a proposta da empresa chinesa para a solução de abastecimento com energia solar fotovoltaica. 

O grupo EuroBike foi nomeado como a primeira concessionária da BYD Brasil, localizada na cidade de São Paulo em uma das principais vias de comercialização de veículos premium da capital paulista, a Avenida Europa.

“Mais de 20 dos maiores grupos nacionais de concessionárias mostraram grande interesse em representar a marca”, destaca Henrique Antunes, diretor Comercial da BYD Brasil. 

O primeiro lote do Tan EV chegará ao país no primeiro semestre de 2022, com comercialização prevista para se iniciar em janeiro. 

Os interessados podem fazer inscrição no site bydcars.com.br. O SUV ligado na tomada traz tração integral, dois motores, um em cada eixo (245 cavalos na frente e 272 cavalos atrás), e torque combinado de 68,5 kgfm. A fabricante promete uma autonomia de até 437 quilômetros.

Resultados extremos

Os novos resultados do Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina e o Caribe, o Latin NCAP, acabam de ser divulgados com o primeiro veículo cinco estrelas sob o novo protocolo, o Volkswagen Taos, e um zero estrela decepcionante para o Fiat Argo/Cronos. 

Produzido na Argentina e no México, com seis airbags e Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) padrão, o SUV Taos atingiu 90,23% em Proteção de Ocupantes Adultos, 89,90% em Proteção de Ocupantes Infantis, 60,61% em Proteção de Pedestres e Usuários Vulneráveis das Estradas e 85,04% em Sistemas de Assistência à Segurança. 

Já o Argo (hatch) e o Cronos (sedã), que basicamente são o mesmo carro, fabricados no Brasil e na Argentina, com dois airbags frontais e sem ESC padrão, receberam zero estrela no mais recente protocolo do Latin NCAP. 

Os compactos da Fiat atingiram 24,37% em Proteção de Ocupantes Adultos, 9,91% em Proteção de Ocupantes Crianças, 36,91% em Proteção de Pedestres e Usuários Vulneráveis das Estradas e apenas 6,98% em Sistemas de Assistência à Segurança.

 
 

Smartphone sobre rodas

Para a ZF – empresa global de tecnologia e fornecedora de sistemas para veículos de passeio, comerciais e tecnologia industrial –, o carro do futuro contará com altos níveis de rede e automação definidos por software. 

O novo “middleware”, plataforma de software aberto, funciona como um mediador entre o sistema operacional do computador veicular e seus aplicativos. 

“Um carro definido por software é muito mais do que um smartphone sobre rodas, mesmo que a operação do veículo se pareça cada vez mais com a de um smartphone. O novo ‘middleware’ ZF sustenta a ambição de nossa empresa de ser um dos fornecedores líderes mundiais de sistemas para o carro definido por software do futuro. Nossos clientes se beneficiam de processos de desenvolvimento acelerados e complexidade reduzida ao integrar hardware e software. Ao longo da vida útil do veículo, as funções podem ser atualizadas ou oferecidas adicionalmente sob demanda”, explica Dirk Walliser, vice-presidente Sênior de Pesquisa e Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia da ZF.

 Mais informações e imagens podem ser conferidas em zf.com .

 

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