Mais um passo importante para a produção de inimigos naturais do bicudo do algodoeiro em laboratório está sendo dado pela Embrapa e Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa). Na semana passada, Alerrander Santos, supervisor técnico de produção da instituição, esteve na sede da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) para capacitação sobre Produção de dieta artificial para parasitoides do bicudo. O treinamento realizado no período de 7 a 9 deste mês faz parte do projeto de cooperação entre as duas instituições, que visa produção,em larga escala, de inimigos naturais da principal praga da cultura no Brasil.
Acompanhado por Geraldo Di Stefano, analista da Embrapa Algodão, (tualmente lotado na sede da Amipa, em Uberlândia, MG, o supervisor da Amipa foi recebido pela chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Nair Arriel, o coordenador do projeto pela Embrapa Algodão, Raul Almeida, o pesquisador Carlos Alberto Domingues e o técnico de laboratório Eduardo Vasconcelos.
O objetivo da parceria é desenvolver uma metodologia para produção em larga escala dos agentes biológicos Catolacus Grandis e Bracon vulgaris, parasitóides que podem ser utilizados para a redução da população do bicudo do algodoeiro. A parceria ainda envolve o controle de qualidade na produção do Trichogramma pretiosum, agente de controle biológico que já é produzido em larga escala pela biofábrica da associação para controle de lepidópteros (lagartas de borboletas e mariposas).
Segundo o coordenador do projeto, a etapa seguinte ao treinamento será a elaboração de um protocolo básico para que a Amipa possa avançar na produção dos inimigos naturais do bicudo na sua biofábrica.
Di Stefano destacou a importância do projeto para uma cotonicultura mais sustentável. “Nesta safra 2020/21 os produtores de tomate, café, ervilha, soja, etc. deixaram de enviar ao campo 74 toneladas de plástico em embalagens, deixaram de aplicar 127 mil litros de inseticidas e queimar 11 mil de óleo diesel graças ao controle biológico. Imagina quando ampliarmos isso para outras culturas e outros agentes biológicos. Isso é pura economia circular sem desperdício e pura logística reversa”, observou.
* Informações da Embrapa
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