Depois de muitos anos de achismo e chutes nos preços, as usinas de cana-de-açúcar corrigiram os erros do passado e alcançaram uma fixação de preços que chegava a 65% relativamente a apenas 25% no ano anterior. As informações são de Arnaldo Luiz Correa, consultor, palestrante, técnico para arbitragens e professor de gestão de risco em commodities agrícolas, em seu perfil no LinkedIn.
“Só que os preços continuaram a subir. No final do ano de 2009, o açúcar em NY atingiu 27.49 centavos de dólar por libra-peso, ou 37% acima do valor de agosto. Em valores corrigidos a diferença foi menor: R$ 2,530 por tonelada, ou 20% de alta. Muitos usineiros lamentavam ter fixado preços antes. Em 2010, o déficit mundial de açúcar combinado com problemas climáticos e logísticos no porto de Santos contribuíram para que os preços continuassem a escalar batendo 34.77 centavos de dólar por libra-peso dois dias antes do espocar dos champanhes na celebração do Ano Novo”, comenta.
Ele afirma que, o que podemos depreender quando comparamos situações de mercado do passado é que erramos bem menos todas as vezes que mantivemos o foco e a disciplina. “Não existe metodologia que nos possibilite acertar sempre, mas vamos errar substancialmente menos se analisarmos os fundamentos do mercado, o retorno financeiro proporcionado ao acionista, os valores observados no mercado comparativamente ao histórico dos preços ajustados, entre outros indicadores na tomada de decisão”, completa.
“Veja por exemplo o valor médio do fechamento de NY (primeiro mês de negociação) de 2000 até hoje é de 14.01 centavos de dólar por libra-peso. Muito embora a dispersão dos valores no período analisado seja grande, apontando 4.65 e 35.61 centavos de dólar por libra-peso como mínima e máxima, respectivamente no período analisado de quase 22 anos, foi em apenas 17% dos eventos que o preço negociado em NY ficou acima dos 19.27 centavos de dólar por libra-peso, valor de fechamento de sexta-feira", conclui.
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