PSDB estadual apoiou governador gaúcho nas prévias, vencidas pelo mandatário paulista
Celso Bejarano
O presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul, Sérgio de Paula, disse que, embora a "maioria dos filiados do partido" tenha anunciado apoio ao governador gaúcho Eduardo Leite nas prévias vencidas ontem pelo governador paulista João Dória, a missão agora é "podar as arestas" e se juntar ao nome de Dória, o pré-candidato tucano à presidência da República, ano que vem.
As prévias do PSDB deviam ter um desfecho há uma semana, no entanto, por falha no aplicativo de votação dos filiados, o resultado saiu no sábado.
O comando nacional dos tucanos informou que o governador paulista conquistou 53,99% dos votos, ante os 44,66% de Leite e 1,35% do ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio.
O partido havia anunciado que 44.700 filiados podiam participar das prévias, incluindo os governadores,, senadores, deputados estaduais e federais e ainda os prefeitos e vereadores.
Na eleição estadual, em 2018, o PSDB em MS elegeu além do governador Reinaldo Azambuja, três deputados federais, cinco estaduais, 35 prefeitos, 15 vice-prefeitos e 234 vereadores.
Questionado se o fato de os tucanos sul-mato-grossenses, a maioria, ter votado em Eduardo Leite, poderia fragilizar o vitorioso Dória, Sérgio de Paula, disse que "não, pelo contrário".
O presidente do PSDB de MS recorreu a uma expressão portuguesa para dar uma ideia do que acontece daqui em diante entre os tucanos.
Para ele, "agora, vamos lamber as feridas", cujo significado é o mesmo que recompor-se de uma derrota, situação desfavorável ou tristeza.
Dias antes das prévias, em nota assinada por Sérgio de Paula, ele afirmou que o "sentimento do PSDB de MS" era de que Eduardo Leite representava melhor "os valores da social democracia"
Neste domingo, o chefe do diretório tucano de MS, disse ao Correio do Estado, que vê a pré-candidatura de Dória forte e que a sigla deve centrar as forças nos diálogos entre as siglas aliadas e até as tidas como adversárias, que também anunciaram pré-candidaturas.
Com as pesquisas indicando o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro como isolados na disputa do ano que vem, partidos como o PSDB, PSD, Podemos e MDB, planejam se juntar e apostar num só candidato apoiado por eles.
De Paula disse que, inclusive, há a possibilidade da senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, do MDB, surgir como vice Dória.
O MDB lançou recentemente o nome da senadora como pré-candidata à presidência pelo partido. Também aparece como opção de vice na terceira via, disse De Paula, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Como prováveis candidatos à presidência surgiram até agora os nomes de Bolsonaro, Lula, Simone, Rodrigo Pacheco, do PSD (presidência do Senado), Dória e Sérgio Moro, do Podemos (ex-ministro de Bolsonaro).
Com informação do Portal Correio do Estado
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