quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Procurador-geral é exonerado após cobrar explicações sobre 'farra dos combustíveis' em MS

 




Jornal Midiamax


Cinco dias após cobrar explicações da gestão do prefeito Edilson Magro (DEM) sobre denúncias envolvendo 'farra dos combustíveis' na cidade de Coxim, o procurador-geral do município, Adriano Loureiro Fernandes, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (11).


A exoneração de Adriano foi publicada em decreto assinado pelo prefeito e publicado no Diário Oficial da cidade. Ao Jornal Midiamax, Adriano afirmou que pediu para deixar o cargo por "incompatibilidade de ideias". Adriano é procurador de carreira da prefeitura e explica que permanece no município, mas não como cargo de confiança.


"Procurador-geral é um cargo de confiança e eu não me sinto eticamente livre para investigar, como sou de carreira, permanecerei investigando", disse Adriano. Ainda conforme o procurador, a saída do cargo de confiança se deu de forma "amigável". 


A próxima etapa da investigação sobre os gastos dos combustíveis será envio, por parte das secretarias, de relatório de abastecimento da frota do município e também monitoramento dos postos de combustíveis da cidade. 


Farra dos combustíveis

As suspeitas de irregularidade envolvem consumo de 6,3 mil litros de gasolina e diesel no período de sete meses. Os gastos feitos a partir do cartão corporativo da prefeitura partiram do chefe de gabinete do município, Ivaldo Lopes.


O relatório de movimentação do cartão cadastrado no CPF da chefia de gabinete é de em média R$ 4.793,51 por mês. Neste sentido, ficou constatado que entre os meses de janeiro a julho, foram utilizados 4.218,56 litros de gasolina, chegando ao consumo equivalente de 20,8 litros por dia. No mesmo período, foram 2.134,07 litros de diesel, uma marca de 10,16 litros consumidos por dia.


Os números, considerando a média de consumo de 10 quilômetros por litro entre ambos os combustíveis, levam ao resultado de 302,50 quilômetros percorridos em cada dia nos últimos sete meses. O procurador cita ainda que não há identificação dos veículos abastecidos, ao mesmo tempo em que foram registrados vários abastecimentos num único dia.


A reportagem tentou contato com a prefeitura de Coxim, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.

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