Foto:Divulgação
Por André Bento
Com avanço de 16% somente nos sete dias recentes, possibilitado em parte pela estiagem, a colheita do milho segunda safra alcançou aproximadamente 736.703 hectares em território sul-mato-grossense até o dia 13 de agosto, o equivalente a 36,8% da área total cultivada.
Essa informação consta no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) e divulgado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho).
O documento detalha que foram semeados 2,003 milhões de hectares, 5,7% a mais do que no ciclo anterior. No entanto, as adversidades climáticas caracterizadas por estiagem, queda de granizo e geadas, motivaram projeção de quebra de 40% na produção no comparativo entre essas safras mais recentes.
Em 2020, o agronegócio sul-mato-grossense colheu em média 93,4 sacas de milho por hectare e produziu 10,618 milhões de toneladas. Neste ano, as projeções do setor produtivo são de 52,3 sacas por hectare e 6,285 milhões de toneladas.
Porém, a publicação revela que mesmo com a pressão nos preços por causa do avanço da colheita, “o espaço para queda fica limitado pelo volume restrito de produto e pela valorização do dólar”.
Ao mencionar que em agosto o valor médio da saca de 60 quilos foi de R$ 92,56, o boletim Casa Rural informa alta de 121,17% em relação ao preço médio do mesmo período de 2020, de R$ 41,85.
O documento pondera que essas cotações “não significam que o produtor está recebendo esses valores, uma vez que ainda tem pouco produto disponível neste momento e a comercialização antecipada ocorre de modo gradativo”, mas cita levantamento da Granos Corretora segundo o qual, até 9 de agosto, o agronegócio estadual havia comercializado 60,20% do milho segunda safra 2021, volume 7% superior no comparativo com a mesma época no ano passado.
Em relação à colheita, a região norte já colheu 57,8% da área cultivada; Coxim chegou a 90%. Na região centro, com 45,9%, Campo Grande e Rio Brilhante alcançaram 60%. Já na região sul, cuja média colhida atingiu 30,2%, Douradina passa de 50%.
Com Dourados News
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