sábado, 14 de agosto de 2021

Acusado de feminicídio é condenado a 31 anos e 9 meses de reclusão

 



Em julgamento realizado nesta sexta-feira, dia 13 de agosto, pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, um homem acusado de assassinar a vizinha dele, no bairro Tiradentes foi condenado a 31 anos e 9 meses de reclusão e 1 ano e 9 meses de detenção pelos crimes de estupro, homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além de ocultação e vilipêndio de cadáver.


De acordo com a denúncia, o crime aconteceu no dia 30 de junho de 2020, por volta das 19 horas, quando o réu teria abordado a vítima e aplicado um golpe "mata leão", raptando-a e conduzindo-a até o interior de uma edícula na qual ele residia.


No interior da residência, o réu a teria estuprado e utilizado de instrumento pérfuro-cortante, desferindo golpes contra o pescoço da jovem, cujos ferimentos foram a causa da sua morte. De acordo com a acusação, após matar a vítima, ele teria vilipendiado seu cadáver, praticando sexo com a vítima morta.


O réu teria ainda ocultado o corpo da vítima embaixo de sua cama, mantendo o cadáver em sua residência até o dia 3 de julho de 2020, quando o carregou até a esquina das ruas Nova Tiradentes com a João Cassimiro, abandonando-o naquele local.


Para a acusação, o homicídio foi praticado por motivo fútil, pois o acusado teria matado a jovem porque ela o havia ignorado em data anterior, quando foi cumprimentada por ele. O réu também teria matado mediante esgorjamento, provocando dor e sofrimento excessivo, o que qualifica como meio cruel, além de recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e os crimes de ocultação e vilipêndio de cadáver.


Durante o julgamento, a acusação pediu a condenação do réu por todos os crimes. Já a defesa pediu o afastamento do crime de estupro, além das qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e feminicídio.



Reunido em sala secreta, o Conselho de Sentença, por maioria dos votos declarados, condenou o réu em todos os crimes, nos termos da pronúncia.


Na presença do juiz Aluízio Pereira dos Santos, que presidiu a sessão, o acusado decidiu não acompanhar os trabalhos e também optou por não ser interrogado. Ele acompanhou a leitura da sentença numa sala nas dependências do Fórum por videoconferência.


O julgamento encerrou por volta das 13h30. O réu responde ao processo preso preventivamente.

Nenhum comentário: