Bruna Pasche , Daiany Albuquerque
Com aulas no formato híbrido, tanto presenciais quanto on-line, desde o dia 1° de fevereiro, as escolas particulares de Campo Grande ampliaram ainda mais o número de alunos em sala de aula, de 30% para 50%, depois de decreto publicado ontem pela prefeitura da Capital. Em contrapartida, a rede de ensino pública continua na incerteza. De um lado, o município decretou aulas remotas até o fim deste semestre, do outro, o governo do Estado tem o intuito de voltar com o ensino híbrido, mas ainda sem definição.
Por meio de decreto, a Prefeitura de Campo Grande autorizou o retorno das aulas presenciais, do Ensino Fundamental ao Superior, na cidade com um maior porcentual de alunos por sala.
Universidades, faculdades, cursos pré-vestibulares, cursos técnicos, Ensino Médio e Ensino Fundamental podem retomar as aulas em sala a partir do dia 8 de março.
“Ficam autorizados os retornos das aulas presenciais em universidades, faculdades, cursos pré-vestibular, cursos técnicos, Ensino Médio e Ensino Fundamental a partir de 8 de março de 2021, mantendo autorizadas as aulas práticas e estágios profissionais curriculares”, diz trecho do decreto publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) de ontem.
A Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande, por outro lado, retomou as aulas no dia 8 em formato remoto, com possibilidade de formato híbrido, mas sem nenhuma data definida para que isso aconteça.
Uma reunião entre Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e Secretaria Municipal de Educação (Semed) está marcada para ocorrer em março, para discutir, mais uma vez, a possibilidade de retomada das aulas presenciais.
ESTADO
Na Rede Estadual de Ensino (REE), em que as aulas serão retomadas na segunda-feira, ainda não há definição sobre elas serem presenciais, remotas ou híbridas. Reunião ontem entre a Secretaria de Estado de Educação (SED) e o Comitê de Operações Especiais (COE) definiria a situação, mas até o fechamento desta matéria ainda não havia informação sobre o que ficou definido.
“Nós estamos preparados para qualquer tipo de aula, tanto remota quanto híbrida ou presencial”, informou a SED no início da semana, em transmissão nas redes sociais do governo do Estado.
Além disso, a primeira semana de aula será diferente. A pedido do Conselho de Diretores das Escolas Estaduais da Capital (Condec), os primeiros dias serão de esclarecimento do protocolo aos alunos. “Nós conhecemos todo o protocolo, mas, muitas vezes, os alunos não, então nós acatamos o pedido e vamos encaminhar, até a quinta-feira [25], uma sugestão para a escola, mas ela ficará livre para decidir como quer fazer”, disse o superintendente de Políticas Educacionais, Hélio Daher.
Para os pais que têm filhos na REE, essa indefinição a dias da volta às aulas é problemática. A cuidadora Ericka Ferreira da Silva, que tem uma filha na Rede Estadual de Ensino, afirmou que pretende mandá-la para a escola porque tem dois empregos e dificuldade de deixar os filhos com a avó.
“É muito ruim porque tenho que levar as crianças para a casa da avó, que fica longe de casa. Trabalho das 7h30min às 17h30min em um escritório de advogados e à noite sou cuidadora no Hospital da Unimed, no Proncor e no Hospital do Coração”, afirmou a mãe.
Além da reunião com o COE, o governo também sofre pressão por parte dos professores da REE, que não querem voltar a dar aulas presenciais antes de tomarem a vacina contra a Covid-19. As aulas presenciais estão suspensas desde o dia 23 de março de 2020.
Com informação do Portal Correio do Estado
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