Gabrielle Tavares
A unidade multiplicadora de matrizes suínas da Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste (Cooasgo), Granja Rio Verde recebeu hoje (16) as primeiras leitoas que serão alojadas na unidade, localizada no município de Rio Verde. As 600 leitoas vão garantir o início da produção de matrizes nas próximas semanas.
A Cooasgo, projetada em parceria com a Agroceres, possui de 40,5 mil m² de área construída e terá produção anual de mais de 40 mil matrizes por ano. A previsão é de ter 1,5 mil fêmeas por semana para reprodução, o que totaliza 78 mil por ano.
Quanto estiver em pleno funcionamento, a unidade deve produzir 90 mil machos por ano para abate, além de gerar 42 empregos diretos e 210 indiretos. A projeção é de que a economia local tenha um incremento mensal de R$ 145 mil e movimente outros setores.
De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), o volume das exportações de carne suína produzida em Mato Grosso do Sul cresceu 395,82% em 2020.
Foram exportadas 2.897 toneladas em 2019, com faturamento de US$ 3,7 milhões. Ano passado, o volume comercializado com o exterior saltou para 14.364 toneladas, totalizando US$ 24,5 milhões.
Os principais destinos dessas exportações foram Hong Kong, Cingapura, Angola, Haiti e Emirados Árabes. Acerca do volume de produção de carne de suínos, Mato Grosso do Sul teve um crescimento de 54,3% na produção de 2014 a 2019, enquanto a média brasileira foi de 29,2% no período.
O secretário da Semagro, Jaime Verruck explicou que desde dezembro a pasta vem cumprindo as etapas burocráticas. Já foi liberada a licença de operação, realizada a conexão com rede de energia elétrica e emitida a liberação do Ministério da Agricultura.
“Nesta fase da unidade, 25 empregos já foram gerados. O alojamento dessas 600 matrizes é um marco para a suinocultura sul-mato-grossense, dando início à produção do primeiro empreendimento da suinocultura para produção de matrizes no Estado”, comentou Verruck.
O secretário apontou que com o incentivo a suinocultura, Mato Grosso do Sul passou a ter todo o ciclo da cadeia do setor, desde a produção de matrizes até o produto final da indústria para o consumidor.
“Estamos consolidando o projeto de expansão da suinocultura em nosso Estado. Uma boa parte das matrizes produzidas será vendida para produtores de leitão em Mato Grosso do Sul, a fim de atender a crescente demanda das indústrias do setor. Cerca de 60% será comercializado para outros Estados. Seremos exportadores de genética suína, atendendo também o mercado brasileiro”, acrescentou Jaime Verruck.
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