domingo, 21 de fevereiro de 2021

Como o Chile se tornou o 7º país com a maior taxa de vacinação contra covid-19 do mundo

 




BBC News

Na primeira semana da campanha de vacinação em massa contra covid-19 em idosos, o Chile já havia ultrapassado o marco de um milhão de pessoas imunizadas.


A meta do governo chileno é vacinar os maiores de 65 anos antes de 19 de fevereiro para que toda a população que faz parte do grupo de risco — incluindo pacientes crônicos e profissionais de saúde — seja imunizada no primeiro trimestre de 2021, de modo a vacinar 15 milhões dos 19 milhões de habitantes do país até julho.




Em meados de 2020, o governo chileno enfrentou fortes questionamentos em relação à gestão da pandemia, à medida que o país registrava as maiores taxas de infecção por covid-19. Mas agora está sendo aplaudido por seu plano de vacinação. A campanha é gratuita e voluntária.


De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde do país, 2.375.725 pessoas foram imunizadas no Chile contra a covid-19 até o dia 16 de fevereiro.


Até a última sexta-feira (19), o país havia administrado 15,03 doses da vacina para cada 100 habitantes — segundo a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Número muito superior às 3,07 doses no Brasil, 1,48 na Argentina e 1,22 no México.


O desempenho até agora coloca o país como líder latino-americano e 7º no ranking mundial de taxa de vacinação contra a doença, liderado por Israel (82,40).


Mas como o Chile alcançou esse resultado?


De acordo com Luis F. López-Calva, diretor regional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) da América Latina e Caribe, para que uma campanha de vacinação seja bem-sucedida, três fatores importantes devem ser levados em consideração: primeiramente, dispor de recursos financeiros para adquirir as vacinas; segundo, ter uma boa estratégia para distribuir as doses e, finalmente, ter capacidade institucional e estrutura governamental para implementá-la.


"Essas três características foram bem atendidas no caso do Chile", afirmou López-Calva à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

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