domingo, 21 de fevereiro de 2021

Como ficam chuvas e La Niña em março

 


Por:  -Eliza Maliszewski

A National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) projetou como fica o clima no Brasil em março. Os dados foram divulgados pelo Sistema Tempocampo, da Esalq/USP. Os produtores do Centro-Oeste devem esperar chuvas acima da média, com volumes de até 120 mm superiores à média climatológica do local. A exceção são algumas regiões como sul do Mato Grosso do Sul e noroeste do Mato Grosso, onde os volumes podem ser até 150 mm menores. O Triângulo Mineiro e a região do MATOPIBA também devem ter volumes de chuva acima da média, oscilando entre 30 e 200 mm.



Já no Paraná e nas regiões sul e sudoeste de São Paulo, são previstos volumes de precipitações 75 mm menores que a média climatológica.


“Em geral os produtores devem ficar atentos às regiões onde as precipitações serão superiores à média climatológica para programar as operações de colheita e evitar a dessecação das lavouras nos períodos chuvosos. Já nos locais onde está previsto um tempo mais seco, a época deve ser aproveitada para garantir a colheita da oleaginosa com menores perdas”, sugere o boletim.


O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que para o próximo mês no Centro-Oeste as chuvas deverão variar entre 100 a 300 mm, sendo os maiores volumes no norte do Mato Grosso e os menores no sul do Mato Grosso do Sul. Para região do MATOPIBA a previsão é de chuvas mais abundantes, sobretudo no norte do Piauí e Maranhão, atingindo volumes entre 300 e 450 mm. O oeste baiano deve receber volumes menores, entre 100 e 200 mm, e o restante da região deve esperar acumulados entre 200 e 300 mm.


No sudeste, o sudoeste de São Paulo e nordeste da Bahia estão previstos volumes de chuvas entre 60 e 160 mm, enquanto o restante da região a chuva deverá ficar entre 150 a 350 mm. A previsão para região Sul é de menos chuva em relação às demais regiões do Brasil, com volumes variando de 20 a 160 mm, o que poderá favorecer a colheita das lavouras mais tardias.


Com relação à La niña há 60% de chance do fenômeno ficar até março. De acordo com a NOAA, os efeitos do La Niña manter-se-ão com forte intensidade até o trimestre janeiro-fevereiro-março.


Produtores da região Sul podem ter o desenvolvimento das lavouras de soja e da segunda safra de milho prejudicado, sobretudo no Rio Grande do Sul. Em virtude dos efeitos da possível La Niña, também podem ocorrer estiagens nas regiões Sudeste e Centro-Oeste no verão de 2021. Por outro lado, o fenômeno pode levar chuvas mais significativas ao Matopiba.

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