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O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) indica que deixará o partido levando certa mágoa do presidente nacional da sigla, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
As desavenças entre os dois ficaram novamente claras após o deputado federal João Roma (DEM-BA), ex-chefe de gabinete de ACM, ser nomeado para o Ministério da Cidadania.
Minutos depois da manifestação de Maia, ACM Neto afirmou nas redes sociais que considera "lamentável a aceitação, pelo deputado João Roma, do convite do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Cidadania".
"A decisão me surpreende porque desconsidera a relação política e a amizade pessoal que construímos ao longo de toda a vida. Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil", disse o presidente do DEM.
Porém, ainda que Roma não seja do Democratas, a percepção é a de que a nomeação do ministro consolida a aproximação da sigla do governo Bolsonaro.
No início da semana, em entrevista ao jornal "Valor Econômico", Maia disse que estava de saída do partido após o que considerou uma traição do seu presidente e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, durante a eleição para a presidência da Câmara, vencida por Arthur Lira (PP-AL).
Na ocasião, Maia disse que o Democratas estaria se tornando um partido de extrema-direita "como nos anos 1980."
Pouco depois do tuíte desta sexta, o presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), rebateu Maia. Segundo o deputado do Republicanos, ACM Neto tinha pedido para retirar a indicação do nome, o que não foi possível.
"Se tiver que colocar na conta de alguém, coloque na minha", disse o presidente do Republicanos.
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