sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Porta-voz da Índia põe em dúvida exportação de vacinas ao Brasil

 



G1


O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, afirmou nesta quinta-feira, dia 14 de janeiro, que "é muito cedo" para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, já que a campanha nacional de imunização ainda está só começando.


A declaração foi dada em resposta a questionamentos sobre a entrega ao Brasil de 2 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Serum a partir da Universidade de Oxford e do Laboratório AstraZeneca.


O porta-voz, no entanto, não deixou claro se a resposta vale para esse lote importado pelo Brasil. Um avião contratado pelo governo brasileiro decolou nesta tarde de Campinas rumo à Índia para buscar essas doses. A aeronave está em Recife e segue para Mumbai nesta sexta-feira.


Na coletiva de imprensa, os jornalistas também perguntaram se o Brasil seria o primeiro país a receber o imunizante da Índia e se a entrega não comprometeria o plano indiano de vacinação.


"Como você sabe, o processo de vacinação está apenas no começo na Índia. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre o fornecimento a outros países, porque ainda estamos avaliando os prazos de produção e de entrega. Isso pode levar tempo", disse Srivastava.


A notícia foi publicada por veículos de imprensa tradicionais da Índia como o "Times of India". Fontes ouvidas pelo jornal disseram que a exportação será adiada por alguns dias por "questões logísticas".


Em 5 de janeiro, o Itamaraty confirmou a aquisição das doses da vacina de Oxford produzidas no Insitituto Serum, após o governo indiano informar em um primeiro momento que a exportação do imunizante estava proibida.


A vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca está sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve decidir neste domingo se concede autorização para uso emergencial no Brasil.

Nenhum comentário: