sábado, 16 de janeiro de 2021

Morre, aos 73 anos, o pediatra e toxicologista da USP Anthony Wong

 

                                            Anthony Wong morreu na noite de sexta-feira (15), em São Paulo - Divulgação


Da Redação, Estadão Conteúdo


O pediatra, toxicologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Anthony Wong morreu na noite de sexta-feira (15), em São Paulo, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.


Wong tinha 73 anos e estava internado no Hospital Sancta Maggiore desde dezembro. Em nota, a família informou que ele foi hospitalizado com queda de pressão e mal-estar e diagnosticado com úlcera gástrica e hemorragia digestiva.


"Durante a internação, evoluiu com quadro de descompensação do padrão cardíaco e padrões de fibrilação atrial", diz a nota.


Especialista renomado, com quase 50 anos de carreira, Wong se envolveu em polêmicas durante a pandemia por defender o uso de hidroxicloroquina para Covid —medicamento que já se mostrou ineficaz contra a doença— e criticar o isolamento social.


Ele também propagou informações falsas sobre vacinas. O Hospital das Clínicas da FMUSP divulgou nota na noite desta sexta lamentando "profundamente" o falecimento e prestando solidariedade aos familiares e amigos do médico.


Formado pela Universidade de São Paulo em 1972, ele atuava desde 1976 como médico-chefe do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Instituto da Criança e do Adolescente, vinculado ao HC.


Trajetória

Wong veio para o Brasil com sua família aos cinco anos de idade. Começou a fazer faculdade de medicina nos Estados Unidos, mas vou para São Paulo e concluiu o curso na Universidade de São Paulo.


Fez residência médica no Departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e em seguida fez residência em Toxicologia Clínica tornando-se mais tarde doutor nesta área.


Foi chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas (Ceatox) da USP, onde criou um centro em que os alunos passaram a ter contato direto com a área por meio de estágio, além do atendimento aos casos de intoxicações.


O médico também foi vice-presidente do Fórum Internacional de Testes de Álcool e Drogas, membro efetivo da Academia Americana de Toxicologia Clínica, assessor do Grupo de Farmacovigilância da Organização Mundial da Saúde, diretor médico do Maxilabor, laboratório pioneiro na realização de testes toxicológicos, entre outras atividades.

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