quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Anvisa inspeciona empresa parceira na produção da Sputnik V

 


Agência Brasil


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e integrantes da Vigilância Sanitária do Distrito Federal inspecionaram hoje (27), em Brasília, a fábrica da União Química, empresa que firmou parceria para a produção da vacina russa Sputnik V.


De acordo com a Anvisa, a União Química ainda não começou a produzir insumos farmacêuticos ativos em escala industrial para uso humano. 


A atividade da fábrica tem sido voltada para a fabricação de “lotes de desenvolvimento”.


Tais lotes fazem parte do processo de transferência tecnológica entre o desenvolvedor da vacina, o Instituto Gamaleya, na Rússia, e a União Química. 


Este é o processo por meio do qual uma tecnologia criada em outro país pode ser usada por um laboratório daqui.


Segundo nota divulgada pela Anvisa, a União Química ainda não concluiu o processo de transferência tecnológica.


Esse tipo de acordo foi celebrado também entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, para produção da vacina CoronaVac, e pelo consórcio Universidade de Oxford e AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


No comunicado, a Anvisa esclareceu que o objetivo foi averiguar a situação da produção e das instalações implantadas pela União Química, mas a inspeção não cumpre o papel de avaliação de boas práticas de fabricação, que faz parte da análise de um pedido de autorização emergencial.


Os responsáveis pela vacina têm se reunido com a Anvisa para discutir os procedimentos e requisitos para a solicitação de uso emergencial. 


A agência já informou que faltam documentos para dar andamento à análise.


Nesta semana, a agência reguladora informou ao Supremo Tribunal Federal que, por causa da “insuficiência e a incompletude de dados relevantes à análise do pleito”, a solicitação está inviabilizada neste momento, uma vez que foi constatada a “inadmissibilidade dos documentos apresentados pelo interessado”.


CoronaVac

Tambémhoje, a Anvisa emitiu um alerta sobre a aplicação da CoronaVac. O segundo lote da vacina, com previsão de 4,8 milhões de doses, é distribuído em frascos de 5 ml com 10 doses.


Assim, a agência chama a atenção para a importância dos profissionais observarem a quantidade para aplicar a dose exata.


A Anvisa destacou ainda a importância do cuidado com o tempo de validade de cada frasco, de 8 horas. 


Assim, uma vez que um recipiente for aberto para ministrar a primeira dose, o restante deve ser aplicado dentro desse período.


A agência também reforçou a necessidade de assegurar o armazenamento conforme as temperaturas definidas, de 2ºC a 8ºC.

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