Marcos Trad afirma que pedido da Defensoria não traria resultados pois o "comércio não é o problema"
Daiany Albuquerque, Glaucea VaccariPrefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) disse que recebeu com surpresa o pedido da Defensoria Pública para que a Justiça determine o lockdown na cidade e que o fechamento de todas as atividades não essenciais não é necessário no momento na Capital.
Segundo ele, a Defensoria se baseou no boletim do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), que classificou Campo Grande com grau de risco extremo para a Covid-19, mas que a interpretação feita não é mesma feita pela administração municipal.
“Os números que ali estão podem ser lidos de várias maneiras e com diversas interpretações. Se baseando na mesma planilha, nós entendemos que estamos achatando a curva, inclusive com diminuição do número de óbitos, o que nos leva a entender que não é necessário o lockdown”, disseo prefeito ao Correio do Estado.
Na ação civil pública com pedido de liminar para o lockdown, Defensoria cita o aumento no número de casos e mortes por Covid-19 e das taxas de ocupação dos leitos de UTI, que estão acima de 90% e com risco de colapso.
Na petição, defensor afirma que, com o crescimento das confirmações, em poucos dias, pode faltar leitos, que já estão escassos, e única medida possível e que deve ser tomada com urgência é o lockdown, para diminuir a circulação de pessoas e, consequentemente, do vírus.
Trad, no entanto, afirma que a questão dos leitos causa preocupação, mas a tendência é a queda do número de casos, além da instalação de novos leitos nesta semana darem fôlego.
“[A ocupação de leitos] é preocupante. Já há 15 dias, nosso patamar fica a 84% a 88% e amanhã vamos abrir mais 10 leitos no Hospital Regional e até o dia 10 mais 10 no Pênfigo”, afirmou.
Outro ponto levantado pela Defensoria é que a manutenção das atividades não essenciais abertas faz com que a população saia de casa, aumentando o risco de contágio.
Dessa forma, Defensoria pede que o lockdown seja decretado em até 48 horas e por um período de pelo menos 14 dias, ou até que os leitos de UTI fiquem com a taxa de ocupação abaixo de 80%.
Campo Grande tem atualmente 11.213 casos confirmados de Covid-19 e 149 mortes pela doença. Apenas nas útlimas24 horas, foram confirmados 530 novos casos e dois óbitos.
Com informação do Correio do Estado
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