segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Saúde vai abrir outra licitação para radioterapia no Regional


THIAGO GOMES

O Ministério da Saúde deve fazer, no próximo mês, a publicação de um novo edital para contratação de empresa para conclusão das obras de implantação dos serviços de radioterapia no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande. Os serviços estão parados há mais de seis meses em razão de supostas irregularidades na execução do projeto pela empresa encarregada das obras.

A previsão inicial era de que a inauguração acontecesse em fevereiro deste ano. Mas, na prática, pouca coisa do projeto, pertencente ao Plano de Expansão da Radioterapia, saiu do papel. Os serviços na área externa do HRMS teriam sido interrompidos com menos de 20% de execução.

Segundo o que o Ministério da Saúde informou ao Correio do Estado, logo no início da execução das obras, a empresa contratada – Engetech Construções e Comércio – teria apontado a necessidade de análise técnica e jurídica em relação às especificações do projeto de construção e do orçamento previsto, o que já teria sido solucionado. Mas o ministério optou por fazer uma nova licitação.

Ao mesmo tempo em que defende a necessidade da retomada urgente dos serviços para a implantação do atendimento em radioterapia no Regional, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, destacou que a paralisação se deu por conta de “um imbróglio” entre o Ministério da Saúde e a empresa encarregada da obra. O entrave também teria ocorrido em sete outras localidades do País.

Conforme o ministério, para a implantação dos serviços de radioterapia no HRMS, a pasta está investindo cerca de R$ 9,4 milhões. Os recursos incluem as obras (projeto, construção e fiscalização) e a aquisição do acelerador linear.

CUIDADO

O bunker da radioterapia funciona como uma caixa com paredes de alta densidade para conter a radiação do acelerador linear usado no tratamento oncológico. Com os aparelhos previstos para o local, será ampliado o atendimento de radioterapia no Estado, o que permitirá um melhor tratamento aos pacientes.

O projeto em Mato Grosso do Sul – e em alguns outros estados – será executado dentro das atividades previstas do Plano de Expansão da Radioterapia. O cuidado com o bunker deve-se ao fato de os aceleradores lineares serem equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e que não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolvem, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.

INVESTIMENTOS NO HR

Neste ano, além de um setor de ortopedia, o HR deve receber R$ 38,6 milhões, que serão usados na compra de mamógrafo, aparelhos de raios X móvel e digital, eletrocardiógrafo, sistema de hemodinâmica, endoscópio flexível, eletroencefalógrafo, computadores, autoclaves, lavadoras termodesinfectoras, aparelho de anestesia com monitor multiparâmetros, arco cirúrgico, sistemas de videoendoscopia, entre outros.

Com informação do Portal Correio do Estado

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