Foto;Divulgação
Por PAULA MACIULEVICIUS BRASIL
O próprio nome se encarrega de explicar o hobby que virou trabalho. Tomahawk é parte do contrafilé junto ao osso, que mede 30 cm. Para se ter uma ideia de como é especial, em cada vaca há apenas quatro delas.
Como grupo, Tomahawk teve início pelo publicitário Bruno Rodrigues Souza Santos, 35 anos, conhecido como Brunão e que se formou há um ano. “Minha paixão pelo churrasco veio com a comida. Desde pequeno eu me virava na cozinha e, quando cresci, comecei a fazer o que eu mais gostava de comer, que era o churrasco”, conta. Brunão se profissionalizou na gastronomia para viver o que chama de “bbq lifestyle”, o churrasco como estilo de vida – agora, ele mora em São Paulo trabalhando com grandes eventos.
Foi ele quem juntou Diego, Luiz Felipe e Jamil, que pelas profissões variadas dificilmente se encontrariam, não fosse pela carne. Cada um deles tinha a paixão solitária pela churrasqueira, que nasceu nas festas de família. O pontapé do time foi em reunião de amigos, nas quais cada um fazia um pouco, até o negócio tomar forma e ir parar em show de Michel Teló.
Hoje, eles têm identidade visual e também mercado. “Quando a gente trabalha com vontade e gosta de fazer isso, as coisas acontecem”, comenta o empresário Luiz Felipe Lopes Moreira, 34 anos.
A ideia americana dos grandes festivais de churrasco tem cada vez mais se difundido pelo País, servindo como escola e também vitrine para o Tomahawk.“Eu comecei a viajar para eventos de churrasco há um ano e meio, como voluntário. Todo chefe de estação precisa de pessoas para auxiliar a fazer e é o voluntário quem faz isso: acende fogo, corta, tempera e serve a carne. Como se fosse fazer um curso de corte especial, assim que você vai lá e aprende”, explica o oficial de Justiça Jamil Siqueira Júnior, 38 anos.
Os festivais se dividem em estações que apresentam diferentes cortes e também modos de assar carne. “Por que está crescendo tanto isso? Porque você vai a um almoço e come macarronada, por exemplo, já fica satisfeito e vai embora. Em um churrasco não, você fica das 10h da manhã às 10h da noite comendo. Passa pelas estações, pega porco, picanha, maminha, jacaré”, descreve Luiz Felipe.
Levando o nome do grupo, eles já chegaram a fazer churrasco para 3 mil pessoas. Como e o que assar dependem do evento e local. A costela de chão, geralmente, é feita em chácaras e leva tempo, paciência e talento. “O fogo de chão começa às 5h ou 6h da manhã, para você servir às duas da tarde. Tem que ir mudando de posição. A costela é feita só no calor, no bafo, bem devagarinho”, descreve Jamil.
Sobre os cortes, o grupo os compra em butiques de carnes especiais, levando em consideração que, para ter um bom sabor, o manejo é que faz a diferença. Quando contratados, eles oferecem consultoria de qual carne e tipo de churrasco vai melhor para um público específico. Por enquanto, com exceção de Bruno, cada um segue sua rotina na profissão e, quando o evento é grande, remanejam a agenda para trabalhar com o que mais gostam. “Você pode preparar e passar essa experiência para as pessoas, é isso que é o churrasco”, avalia Jamil.
Ultimamente, os convites para churrasco não envolvem mais comer, e sim servir. Coisa que eles adoram. “O churrasco nada mais é do que reunir amigos, conversa e cerveja. Se não tiver isso, é só carne assada”, brinca Luiz.Com informação do Portal Correio do Estado
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