sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Justiça dominicana condena Embraer em US$ 7 mi por pagamento de propinas

                                          (Roosevelt Cassio/Reuters)

Em 2009, empresa vendeu ao país caribenho oito aviões Super Tucano, sendo pago em propina cerca de R$ 14 milhões como garantia de venda

por EFE


A Procuradoria Geral da República Dominicana (PGR) revelou na quinta-feira que um tribunal local condenou a Embraer ao pagamento de US$ 7,04 milhões (cerca de R$ 28,22 milhões), o dobro do que a empresa confessou ter pago em propinas quando vendeu ao país caribenho oito aviões Super Tucano, em 2009.

A PGR, que classificou como um marco na luta contra a corrupção a sentença emitida pelo Quarto Tribunal de Instrução do Distrito Nacional, soube de um julgamento abreviado entre as autoridades locais e a empresa brasileira.

Além disso, a Procuradoria revelou que essa sentença foi emitida há uma semana pelo tribunal, que também ordenou que a Embraer ofereça todos os detalhes do pagamento das propinas que fez, para o conhecimento do Ministério Público dominicano.

Isto significa que a empresa brasileira entregará ao MP mais de 4 mil peças documentais em processo de apostila, com informações sobre as propinas que admitiu ter pago para concretizar a venda das aeronaves.


Essa informação, acrescentou a PGR, reforçará o processo penal perante os tribunais contra as pessoas físicas e jurídicas incluídas na denúncia apresentada em setembro do ano passado pela Procuradoria Especializada de Perseguição da Corrupção Administrativa (Pepca).

O ex-ministro das Forças Armadas da República Dominicana, Rafael Peña Antonio, lidera o grupo de acusados de receber os US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 14,03 milhões) que a Embraer pagou no país para garantir a venda dos oito aviões Super Tucano.

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