segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Mulher provoca parto prematuro e deixa bebê morrer de fome

                                          Foto;Arquivo/Correio do Estado

Fato foi descoberto pela polícia ontem, depois que corpo do bebê foi encontrado
Por RENAN NUCCI/ Correio do Estado

A Polícia Civil de Campo Grande investiga a morte de um bebê ocorrida na Vila Manoel Secco Thomé, região do Distrito Industrial, registrada ontem. A mãe, de 20 anos, teria provocado aborto na quinta-feira passada e deixado o feto embrulhado dentro de um saco, debaixo da cama. Laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) aponta que a criança nasceu com vida de morreu de desnutrição, em razão do abandono.

Conforme registrado no boletim de ocorrência, o caso veio à tona depois que a irmã da jovem encontrou o bebê, já em estado de decomposição. A Polícia Civil foi acionada, por meio da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro, e interrogou a mãe, que acabou confessando os atos. Ela disse em depoimento que na quinta-feira, tomou chás e medicamentos com o objetivo de provocaar aborto. Não consta no registro policial o tempo de gestação.

No noite do dia seguinte, teve sangramento e fez o parto sozinha. Ela supostamente usou tesoura para cortar o cordão umbilical e depois embrulhou o bebê e deixou sob a cama. Como estava passando mal, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhada para a Santa Casa. Só depois de receber atendimento médico disse à irmã o que havia feito. Mas até então, o paradeiro do bebê era desconhecido.

À família, a autora alegou inicialmente que os abortivos foram comprados junto à filha de uma traficante moradora no Indubrasil. Entrentato, em depoimento formal alegou que a fornecedora seria uma mulher residente em Terenos. Em primeiro momento, a mulher era investigada por aborto provocado. Porém, depois que a irmã encontrou o corpo, a perícia atestou como causa da morte a desnutrição, alegando que a criança nasceu com vida e teria chance caso recebesse cuidados. Agora, a mãe pode responder pelo crime de homicídio.

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