quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Jerson acusa relator da reforma da Previdência de trair servidores

                                         Foto:Divulgação

Para o conselheiro, o parlamentar traiu a confiança do funcionalismo
Por Adilson Trindade

A votação da reforma da Previdência pela Assembleia Legislativa fechou o tempo lá pelas bandas do Parque dos Poderes. As críticas não ficaram restritas aos servidores públicos. Até o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos, deixou de lado a neutralidade e a de não falar mais sobre política para atacar a postura do relator da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Beto Pereira (PSDB).

"O que esse deputado fez, é um absurdo. É imperdoável. Ele destruiu todas as conquistas do funcionalismo público construídas em 2012 por nós com o governo André Puccinelli", afirmou. Na época, Jerson era o presidente da Assembleia Legislativa. O conselheiro demonstrou claramente o seu inconformismo e a sua insatisfação com o deputado tucano quando declarou: "Só tenho um arrependimento na minha jornada política, que foi pedir voto a Beto Pereira".

Para Jerson, o parlamentar traiu a confiança do funcionalismo por "destruir um sonho". O conselheiro disse que Beto "tomou medida impensada e desumana" em retirar benefícios dos servidores da Previdência Estadual.

Jerson reiterou, ainda, o seu arrependimento em ajudar na eleição de Beto para deputado estadual. "Estou decepcionado. Nunca poderia imaginar o Beto fazer o que fez na reforma da Previdência para prejudicar o funcionalismo público. Ele não merece mais a nossa confiança e nem dos servidores", comentou.

O conselheiro lembrou do apoio a Beto para Prefeitura de Terenos. E também destacou o empenho dele para ajudá-lo a se reeleger deputado estadual. Depois de desistir da vida política, disse Jerson, foi procurado por Beto para pedir a herança da sua base eleitoral. "Eu repassei por acreditar nele. Hoje estou arrependido", ressaltou.

A reforma da Previdência foi aprovada com 24 emendas pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa e nesta quinta-feira deve ser levada ao plenário para concluir a votação. Uma das mudanças se refere a emenda que reduz a contribuição patronal de 28% para 25%.

A CCJ não mudou o aumento da contribuição de 14% do servidor, que será feito progressivamente. A ideia inicial era subir de 11% para 14% já em 2018, mas com a emenda esse aumento vai ocorrer aos poucos: 12% no ano que vem, 13% em 2019 e 14% em 2020.

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