segunda-feira, 7 de março de 2016

Preços de imóveis têm alta de até 212% em Campo Grande


Correio do Estado

Os investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais para instalação de indústrias inflacionaram os preços dos imóveis situados na região oeste de Campo Grande. De acordo com levantamento da CVI-MS (Câmara de Valores Imobiliários do Estado de Mato Grosso do Sul), propriedades no Núcleo Industrial tiveram valorização de até 212% em três anos.

A Vila Popular também figura entre as regiões mais valorizadas desde 2013. A estimativa da CVI-MS é de que os imóveis do local, também localizado no lado oeste campo-grandense, já são 92% mais caros que há três anos. Conforme o presidente da associação, Ronaldo Ghedine Ribeiro, os valores são calculados com base na média praticada nestas regiões. Imóveis com preços que fogem dessa diretriz são descartados.

O extremo oeste da cidade é um dos alvos de incentivos fiscais previstos no Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social), criado em 2005. A iniciativa do executivo municipal cede imóveis aos empresários com direito a isenção de impostos na construção e redução de 30% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), para, em contrapartida, estimular a implantação de indústrias e promover desenvolvimento econômico, social, turístico, cultural e tecnológico.

Ronaldo Ghedine Ribeiro situa que os valores dos imóveis em Campo Grande ainda não se alteraram desde o fim do ano passado e aponta as razões para a valorização dos bairros da região oeste. “Acredito que o aumento do investimento de algumas indústrias no local e a consequente necessidade de mão de obra aqueceram o mercado dos lotes e áreas”.

Representante das empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis do Estado, o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Marcos Augusto Netto, acredita na tendência para edificação de empreendimentos de moradia na área. “É uma região que está sendo definida agora, há um shopping outlet prestes a ser inaugurado. O efeito maior sobre essa valorização é a questão habitacional. Os trabalhadores das empresas daquele local devem se mudar para perto, pois economizariam entre uma e duas horas que gastam só com o trajeto”.

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