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No trigo, as cotações internacionais abriram em queda
Os mercados agrícolas iniciaram esta terça-feira com movimentos distintos entre os principais grãos, refletindo fatores globais de oferta, demanda e ajustes de posicionamento. Segundo a TF Agroeconômica, o ambiente externo segue pressionado pela concorrência internacional, enquanto o mercado doméstico brasileiro apresenta dinâmicas próprias neste fim de ano.
No trigo, as cotações internacionais abriram em queda, influenciadas pela ampla oferta mundial, pelo ritmo mais lento das exportações dos Estados Unidos e pela forte presença da Argentina nos mercados globais. No Brasil, a proximidade do encerramento das atividades de moagem para limpeza e férias reduziu a demanda ao mínimo, ao mesmo tempo em que parte dos vendedores busca liquidez. Os trigos de melhor qualidade já foram absorvidos pelos moinhos, restando majoritariamente lotes de qualidade inferior, o que abre espaço para produto do Paraguai e do Uruguai, considerados os de melhor padrão nesta safra sul-americana.
A soja iniciou o dia em alta na Bolsa de Chicago, sustentada por compras chinesas após a formação de novas mínimas recentes. No entanto, no mercado interno brasileiro, os preços recuaram tanto no porto quanto no interior, diante da oferta elevada típica do fim de ano e da necessidade de caixa por parte dos produtores. Na China, a Sinograin anunciou novo leilão de volumes expressivos, além de negociações relevantes de farelo nos portos do país. No cenário político, a finalização dos mandatos de biocombustíveis nos Estados Unidos trouxe um fator adicional de ajuste às expectativas do mercado.
O milho apresentou comportamento misto, com leve recuo nos contratos mais curtos e estabilidade nos vencimentos da safrinha, ambos próximos das máximas do dia. No mercado físico brasileiro, os preços seguem em elevação gradual, sustentados pela demanda das indústrias de carnes e de etanol, enquanto investidores realizam vendas no mercado futuro
Agrolink - Leonardo Gottems

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