A crise na saúde pública e a recorrente falta de medicamentos nas unidades de atendimento ganharam um novo contorno durante a sessão plenária desta semana. Em seu pronunciamento, o vereador Clodoilson Pires (Podemos) saiu em defesa dos farmacêuticos que atuam na ponta do atendimento e que, segundo ele, têm sido alvo injusto da frustração da população.
A fala do parlamentar ocorreu na presença de importantes representantes da categoria: a presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Daniely Proença, e a conselheira regional recém-eleita, Marianne Marks. Clodoilson aproveitou a ocasião para trazer à luz um problema que muitas vezes passa despercebido: a saúde emocional do servidor público.
Embora reconheça a legitimidade das reclamações sobre a falta de insumos, o vereador alertou que a raiva dos pacientes está sendo direcionada à pessoa errada.
“A gente sabe que às vezes a população chega ali, não encontra a medicação e desconta a raiva em cima do farmacêutico. Como fica a saúde emocional desse profissional?”, questionou Pires na tribuna.
Ele reforçou que o farmacêutico é um servidor técnico, concursado, cuja função é atender e orientar o paciente, e não realizar a gestão de compras ou logística de abastecimento, responsabilidades que cabem ao Executivo.
O discurso foi marcado por um apelo direto à sociedade para que haja mais compreensão no momento do atendimento. “O meu apelo aqui é para que a população tenha empatia. O servidor está ali para atender da melhor maneira possível, mas ele não é o gestor, ele não é quem faz a compra do medicamento. Ele não é o causador do problema”, pontuou o vereador.
Ao final de sua fala, Clodoilson Pires estendeu o pedido aos seus pares na Câmara Municipal. Ele solicitou que os demais legisladores utilizem suas redes sociais e influência para conscientizar os cidadãos sobre o papel do farmacêutico, ajudando a proteger esses profissionais de retaliações e hostilidades no ambiente de trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário