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O panorama semanal do cenário macroeconômico brasileiro mostra um ambiente marcado por cautela no exterior e estabilidade nas decisões de política monetária doméstica, segundo informações do Rabobank. O movimento recente reflete a combinação entre incertezas globais e fatores internos que seguem influenciando preços, câmbio e atividade.
No cenário internacional, o comitê de política monetária dos Estados Unidos reduziu a taxa básica de juros em 25 pontos-base, decisão amplamente esperada pelo mercado. A sinalização, no entanto, foi de maior prudência quanto a novos cortes, diante de um ambiente ainda incerto. No Brasil, o comitê de política monetária manteve a taxa Selic em 15,00%, em decisão unânime e sem surpresas, reforçando a estratégia de estabilidade.
O comportamento do câmbio refletiu esse contexto. A semana terminou com o dólar cotado a R$ 5,4182, o que representou apreciação de 0,6% do real, ainda assim um dos piores desempenhos entre moedas emergentes. O cenário combina diferencial elevado de juros, enfraquecimento global do dólar e incertezas fiscais, políticas, tarifárias e geopolíticas, com expectativa de encerramento do ano em R$ 5,50.
A inflação mostrou leve desaceleração em novembro, com alta de 0,18%, abaixo das expectativas do mercado. Transportes e despesas pessoais foram os principais vetores de pressão. Apesar da aceleração na comparação mensal, a avaliação é de que o ambiente inflacionário segue benigno.
Na atividade econômica, o índice de atividade do Banco Central recuou em outubro, reforçando sinais de desaceleração. Em contrapartida, os dados de serviços e vendas no varejo do mesmo mês apresentaram desempenho forte e disseminado entre os setores.
Agrolink - Leonardo Gottems

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