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Na terceira semana de dezembro de 2025, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 12,8 bilhões. O resultado decorreu de exportações no valor de US$ 7,46 bilhões e importações de US$ 5,4 bilhões. No acumulado do mês, as exportações somaram US$ 21,6 bilhões e as importações, US$ 16,4 bilhões, com saldo positivo de US$ 5,2 bilhões e corrente de comércio de US$ 38 bilhões.
No acumulado do ano, as exportações totalizaram US$ 339,4 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 276,3 bilhões. O saldo comercial ficou positivo em US$ 63,1 bilhões, com corrente de comércio de US$ 615,8 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).
Na comparação das médias diárias de exportações até a terceira semana de dezembro de 2025, estimadas em US$ 1,4 bilhão, com a média de dezembro de 2024, de US$ 1,2 bilhão, foi registrado crescimento de 21,6%. No caso das importações, a média diária até a terceira semana de dezembro de 2025 alcançou US$ 1,1 bilhão, alta de 13,1% frente à média de US$ 964 milhões observada em dezembro do ano passado.
Com esses resultados, a média diária da corrente de comércio até a terceira semana de dezembro de 2025 chegou a US$ 2,531 bilhões, enquanto o saldo médio diário foi de US$ 349,62 milhões. Na comparação com dezembro de 2024, houve crescimento de 17,8% na corrente de comércio.
No desempenho das exportações por setor, considerando a média diária acumulada até a terceira semana de dezembro de 2025 frente ao mesmo período do ano anterior, a Agropecuária apresentou crescimento de US$ 81,04 milhões, equivalente a 42,8%. A Indústria Extrativa registrou alta de US$ 125,92 milhões, ou 52,1%, enquanto a Indústria de Transformação teve incremento de US$ 48,22 milhões, correspondente a 6,5%.
Em relação às importações, na mesma base de comparação, a Agropecuária apresentou aumento médio diário de US$ 1,45 milhão, ou 6,4%. A Indústria Extrativa cresceu US$ 9,5 milhões, equivalente a 24,5%, e a Indústria de Transformação avançou US$ 117,19 milhões, alta de 13,1%.
No recorte mensal das exportações até a terceira semana de dezembro de 2025, a Agropecuária somou US$ 4,06 bilhões, crescimento de 42,8%. A Indústria Extrativa alcançou US$ 5,51 bilhões, com alta de 52,1%, enquanto a Indústria de Transformação registrou US$ 11,93 bilhões, avanço de 6,5%. A combinação desses resultados contribuiu para o aumento do total exportado no período.
Segundo a Secex, a expansão das exportações foi impulsionada, principalmente, pelo aumento das vendas de milho não moído, café não torrado e soja na Agropecuária; de minério de Ferro, minérios de Cobre e óleos brutos de petróleo na Indústria Extrativa; e de carne bovina, produtos laminados de Ferro ou aço e ouro não monetário na Indústria de Transformação.
Apesar do crescimento geral, alguns produtos registraram retração nas exportações no período. Na Agropecuária, houve queda nas vendas de produtos hortícolas, frutas e nozes e sementes oleaginosas. Na Indústria Extrativa, recuaram as exportações de outros minerais em bruto, minérios de alumínio e minérios de metais preciosos. Na Indústria de Transformação, apresentaram redução os embarques de açúcares e melaços, veículos automóveis de passageiros e aeronaves.
No desempenho das importações até a terceira semana de dezembro de 2025, a Agropecuária somou US$ 0,36 bilhão, com crescimento de 6,4%. A Indústria Extrativa atingiu US$ 0,72 bilhão, alta de 24,5%, enquanto a Indústria de Transformação alcançou US$ 15,17 bilhões, avanço de 13,1%, o que resultou no aumento das importações totais no período.
O crescimento das importações foi influenciado pela ampliação das compras de trigo e centeio, frutas e nozes e soja na Agropecuária; de fertilizantes brutos, carvão e óleos brutos de petróleo na Indústria Extrativa; e de óleos combustíveis, fertilizantes químicos e motores e máquinas não elétricos na Indústria de Transformação.
Ainda assim, alguns produtos apresentaram redução nas importações. Na Agropecuária, houve queda nas compras de pescado, milho não moído e matérias vegetais em bruto. Na Indústria Extrativa, recuaram as importações de outros minérios e concentrados, linhita, turfa e gás natural. Já na Indústria de Transformação, houve diminuição nas aquisições de compostos nitrogenados, caldeiras e geradores elétricos.
Agrolink - Seane Lennon

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