quarta-feira, 19 de março de 2025

MUNDO NOVO Filha que matou o pai a facada relata ter sofrido abuso dele quando criança

 

                                               Foto; PCMS



O caso do assassinato de Daniel Pereira de Souza, de 47 anos, em Mundo Novo, ganha novos contornos à medida que a investigação avança. A jovem de 22 anos, presa em flagrante após matar o pai com um golpe de faca, alegou em depoimento que a motivação do crime estaria relacionada a abusos sexuais que teria sofrido durante a infância, além da cobrança da dívida. 


O delegado Alex Junior da Silva, responsável pelo caso, afirmou que essas alegações serão apuradas ao longo do inquérito policial e revelou que existiu uma condenação de Daniel por estupro de vulnerável.  


“No interrogatório, a autora alegou que, além da cobrança da dívida, o que motivou o crime foi uma série de abusos sexuais que ela teria sofrido por parte do pai desde os 9 anos de idade. No entanto, esses fatos não são de conhecimento da polícia até o momento. Vamos investigar essas alegações durante a instrução do inquérito”, afirmou o delegado. 


“Porém, durante apurações foi descoberto que Daniel tinha uma condenação por estupro de vulnerável contra a enteada, irmã da acusada, praticado em meados de 2006”, disse o delegado.


Ainda segundo o delegado, a jovem relatou que não tinha intenção de matar o pai, apenas de feri-lo.


“Outra alegação da autora é que ela não tinha a intenção de matar, apenas de ferir o pai. No entanto, essa versão não foi aceita por nós. Entendemos que, ao desferir um golpe na região torácica da vítima, ela agiu com dolo eventual, ou seja, sabia que aquele golpe poderia resultar em morte. Por isso, estamos autuando-a pelo crime de homicídio doloso”, explicou o delegado. 


A acusada segue autuada por homicídio doloso, e o delegado informou que está solicitando a prisão preventiva dela. “Estamos representando pela prisão preventiva e, se deferida, ela será transferida nos próximos dias para um presídio no estado”, completou Alex Junior.


O caso continua sendo investigado pela polícia.


Por Cristina Nunes

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