A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em parceria com a Embrapa Gado de Corte, lança nesta terça-feira (25) o Atlas do Estoque do Carbono em Formações Vegetais, durante a Dinapec, Feira Tecnológica organizada pela própria Embrapa Gado de Corte, Famasul e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O levantamento dos dados foram realizados com o apoio da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento
(FAPED). No âmbito da UEMS, as análises contaram com suporte do Centro de Estudos de Fronteira General Padilha (Cefront), do Mestrado Profissional de Gestão em Recursos Hídricos ProfÁgua e do Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO).
De acordo com o prof. Dr. Fábio Ayres, docente e pesquisador da UEMS, a dinâmica de resultados alcançados pelo Atlas “foi resultado do trabalho de aproximação dos acadêmicos do curso de graduação em Geografia junto aos dois Mestrados ofertados atualmente pela UEMS/Campo Grande: do ProfÁgua (profissional) e do PPGEO (acadêmico). O resultado foi alcançado utilizando as ferramentas de geotecnologias que integram a infraestrutura da pós-graduação dos cursos de Geografia ofertados pela Universidade - Licenciatura e Bacharelado”.
A BAP está localizada entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo representativa de três biomas: Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Ayres também destaca a profícua interação dos acadêmicos da UEMS junto aos técnicos da Embrapa Gado de Corte, que otimizaram as análises fornecidas pela Acrimat. “Essa troca favoreceu a condução dos resultados, que foram desenvolvidos nos espaços da Universidade, no Laboratório de Geoprocessamento e no Cefront. Também ressalto a articulação do nosso reitor, prof. Dr. Laércio de Carvalho, que nos atendeu com agilidade na formalização do termo de cooperação. O lançamento do Atlas comprova que a UEMS atua no
Para o chefe-adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa, Dr. Rodiney de Arruda Mauro, “a parceria foi frutífera, pois nos proporcionou a oportunidade de estudo do estoque do carbono da área pantaneira no Estado de MT. O trabalho conjunto entre as instituições de pesquisa e os produtores forneceu informações de altíssima qualidade para que eles possam implementar em suas propriedades. Os estudos conduzirão o melhoramento de processos relativos a essa temática”.
Já a diretora da Acrimat, Ida Beatriz Machado, ressalta que “a iniciativa alavanca políticas públicas e novas parcerias de modo a fortalecer o produtor rural com a conscientização sobre a importância do estoque de carbono. Ter conhecimento desse capital que eles têm em mãos e como utilizar isso em favor desse fator no desenvolvimento do Estado de MT”.
Mais sobre o Estudo
Bacia do Rio Paraguai abrange os países Paraguai, Bolívia, Argentina e Brasil. No território brasileiro, está localizada entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e é denominada Bacia do Alto Paraguai (BAP). Essa bacia é representativa de três biomas: Amazônia, Cerrado e Pantanal.
A BAP é caracterizada pela divisão entre áreas de planalto, mais elevadas, predominantemente ocupadas por formações de Cerrado, e áreas de planície, mais baixas e alagáveis - PANTANAL. A interação entre essas áreas é fundamental para os aspectos ambientais da região, e devido ao seu sistema interligado, os impactos ambientais se propagam em diversos gradientes.
Com uma grande biodiversidade e prestação de serviços ecossistêmicos essenciais, a bacia ainda é relativamente pouco ocupada. A percepção dessas alterações é feita por meio de técnicas de geotecnologias, com geoprocessamento e sensoriamento remoto. Essas tecnologias têm proporcionado grandes avanços no desenvolvimento de diversas áreas, através da coleta automática de dados por satélites, permitindo o monitoramento e levantamento dos recursos terrestres em grande escala.
O monitoramento funciona como uma ferramenta estratégica, apoiando a tomada de decisões para ações governamentais e do setor privado. A ACRIMAT e organizações parceiras monitoram o uso e a cobertura do solo da Bacia do Alto Paraguai em sua porção brasileira. Esse acompanhamento permite compreender as principais ameaças ao ecossistema e, principalmente, delinear estratégias de conservação mais eficazes.
O material completo pode ser acessado no endereço https://arcg.is/1T0jLH0 .
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