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Em maio deste ano, o Itaú BBA divulgou um relatório intitulado "Recuperação das margens de ovos", destacando um aumento no spread da produção de ovos. Embora tenham previsto uma possível moderação devido ao aumento nos alojamentos, esperavam que as margens permanecessem sólidas devido aos custos de produção mais baixos, graças às boas safras de soja e milho.
Nos meses seguintes, a manutenção do nível de alojamentos de pintainhas mostrou um aumento de 13% entre maio e setembro, mas a expansão mês a mês diminuiu. Além disso, a produção de ovos aumentou 3% no primeiro semestre em comparação com o ano anterior, com a produção de ovos comerciais e de incubação registrando crescimento. Em resumo, a oferta de ovos continuou a crescer, mantendo as boas margens no setor.
“Do lado dos preços, diferentemente dos últimos dois anos em que as cotações seguiram firmes após o período da quaresma, ocasião em que os grãos estavam caros e a oferta de ovos mais contida, em 2023, o preço recebido pelo produtor de ovos começou a enfraquecer a partir de junho, embora o patamar estivesse bastante elevado e os custos da ração bem menores, o que somado ao bom ritmo dos alojamentos, ajustou as cotações da proteína para próximo da curva de 2022. O preço ao produtor em Tupã, na média de outubro (R$ 146/cx de 30 dúzias) caiu 23,7% em relação ao pico observado em junho (R$ 192/cx), com variação semelhante ocorrida no atacado”, comenta.
Apesar da recente queda nos preços dos ovos, eles ainda mantêm um desempenho favorável em comparação com outras proteínas. De janeiro a outubro de 2023 em relação a 2022, os preços dos ovos aumentaram 16%, enquanto o frango resfriado em São Paulo e a carcaça bovina no atacado tiveram quedas de 10,6% e 14,2%, respectivamente. A única exceção é a meia carcaça suína, que registrou um aumento de cerca de 6%, devido a uma base de comparação depreciada após dois anos de excesso de oferta e margens negativas.
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