quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Consumo de grãos da China deve subir: BRASIL ATENTO

 

                                                           Divulgação

"O governo tende a dificultar a entrada de produtos de maior valor agregado para proteger o mercado local"
Por:  -Leonardo Gottems

De acordo com o presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Luiz Augusto de Castro, existe uma necessidade e esforço do Brasil em diversificar a pauta de exportações para o mercado chinês, uma vez que o país tem se preparado para reduzir a dependência das importações de produtos agrícolas. “O consumo de grãos no país asiático deve aumentar nos próximos anos, ao mesmo tempo em que a produção doméstica deve crescer com o salto de produtividade e área cultivada”, comenta.



A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma live, na quinta (23), para debater as perspectivas para a agropecuária chinesa nos próximos dez anos e os impactos para os produtores rurais brasileiros. O assessor de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues, conduziu o debate que teve a participação do presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, e do chefe do Escritório da CNA em Xangai, Inty Mendonza.


Segundo Pedro, é importante que os produtores rurais tenham conhecimento sobre essas informações, pois elas refletem as estratégias da política agrícola chinesa nas décadas seguintes. “A China é o principal mercado das exportações agropecuárias brasileiras, então é fundamental entender esses movimentos”, diz.


 “É o nosso principal parceiro comercial, responsável por grande parte do nosso comércio de commodities. Entretanto, precisamos pensar em estratégias de longo prazo para manter essa relação”, completa Castro.


O presidente do Conselho afirmou que outros produtos podem ser explorados no mercado chinês, mas precisam ser negociados. “O governo tende a dificultar a entrada de produtos de maior valor agregado para proteger o mercado local. Por isso, a necessidade de articulação com o setor público brasileiro na China para negociar a abertura de mercado”, indica.


Inty iniciou sua exposição destacando que o governo chinês pretende reduzir sua dependência externa e que isso traz riscos para o Brasil em uma área sensível que é a alimentação. “Existe esse esforço concentrado em buscar a autossuficiência no setor agrícola. O país asiático apresenta um forte investimento na indústria de sementes. Até o final de 2022, estavam armazenadas 120 mil cópias de novas sementes agrícolas nos bancos nacionais de recursos de germoplasmas biológicos”.

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